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Toyota Mirai - Eletrificado a hidrogénio

A Toyota apresentou hoje em Cascais a segunda geração da sua berlina Mirai, um topo de gama a células de combustível alimentadas a hidrogénio que será lançado em setembro no nosso País. Com uma autonomia de 650 km sem qualquer tipo de emissões além de água, o Mirai vai custar 55.168 euros (preços sem IVA) e 67.856 (com IVA) no mercado nacional.

Adriano Oliveira aoliveira@netcabo.pt 12 de Maio de 2021 às 14:30

67.856€*

 

Toyota Mirai

Pilha de célula de combustível: eletrólito de polímero, 330 células, 5,4 kW/l de densidade de potência.


Motor gerador: síncrono de imã permanente.

Potência: 182 cv.

Binário: 300 Nm.

Bateria: iões de lítio, 84 células, 310.8 volts, 4 A.

Depósito de combustível: 5,6 kg de hidrogénio (142,2 litros).

Velocidade: 175 km/h.

Aceleração: 9.0 s (0-100 km/h).

Tração: traseira.

Transmissão: auto 1 v.

Autonomia: 650 km.

Baseado na plataforma GA-L, uma variante da TNGA utilizada pelos Lexus LS e LC, o novo Mirai apresenta um ‘design’ mais atrativo que o da anterior geração e a sua arquitetura foi totalmente revista.

 

Com 4,97 metros de comprimento e capacidade para cinco ocupantes em vez de quatro da anterior geração, o Mirai apresenta-se mais compacto, mais leve e também mais potente (182 cv). Monta um motor elétrico colocado sob o eixo traseiro que é alimentado pela energia gerada por uma reação química do hidrogénio e do ar numa pilha de combustível de nova geração composta de 330 células (anteriormente 370).

 

Esta pilha de combustível está agora colocada no compartimento do motor (antes estava sob o piso central), em prol da habitabilidade, de uma melhor repartição de massas (50/50) e de uma maior rigidez estrutural.

 

Colocada nas costas dos bancos traseiros, uma nova bateria de alta tensão, tipo iões de lítio, e não de hidretos de níquel metálicos como anteriormente, é também mais leve (44,6 kg) desenvolve 310.8 V de tensão nominal para uma capacidade de 4 A e assegura a potência do motor elétrico em modo ‘overboost, que aumenta dos 113 para 134 kW.

 

Três depósitos de hidrogénio em vez dos dois do anterior Mirai garantem mais 30 por cento de autonomia, para um total de 650 km. Para o enchimento dos reservatórios dispostos em T – um principal sob o piso principal e dois mais pequenos sob o banco traseiro e o piso da bagageira, a Toyota diz que bastam cerca de cinco minutos.

 

A nova configuração permitiu, por outro lado, baixar o centro de gravidade e aumentar o volume dos depósitos que passam de 4,6 para 5,6 Kg (o equivalente a 142,2 litros). A segurança destes depósitos está assegurada por revestimentos em fibra de carbono, sensores de esvaziamento e válvulas de segurança em caso de incêndio. 

 

Ao volante, o Toyota Mirai conduz-se como um veículo elétrico, mas que neste caso produz a sua própria energia e emite apenas água, ao mesmo tempo que purifica o ar que absorve graças a um catalisador capaz de filtrar 95 por cento das partículas de 0 a 2,5 mícrones de diâmetro.

 

Do breve ensaio que efetuamos na região de Cascais destacamos o silêncio de funcionamento e a suavidade de andamento do modelo da Toyota, que responde com rapidez e eficácia ao mais leve pisar do pedal do acelerador, como aliás é normal nos veículos elétricos. Junte-se-lhe ainda o conforto das suspensões, o bom equilíbrio oferecido pela repartição de massas ideal, a direção precisa e o comportamento dinâmico, com a transmissão às rodas traseiras. 

 

Disponível em três níveis de acabamento – Limusine, Premium e Luxuru – e seis cores de carroçaria, o lançamento do Mirai em Portugal, embora agendado para setembro deste ano, continua muito dependente da instalação de estações de abastecimento de hidrogénio, que praticamente não existem. Atualmente, já circulam em Portugal autocarros movidos a hidrogénio fabricados pela Caetano Bus, mas que têm abastecimento facilitado em instalações próprias.

 

No espaço europeu já circulam nos dias de hoje mais de 10 mil veículos Mirai movidos a hidrogénio, a maioria dos quais pertencentes a empresas, um segmento de mercado que é também a aposta do importador da marca japonesa para Portugal.

 

Como funciona a pilha de combustível

A pilha de combustível utiliza o ar ambiente e o hidrogénio para produzir eletricidade. Pelo tubo de escape sai água e ar purificado.

 

Para que isto aconteça, um filtro químico instalado na admissão recebe uma descarga elétrica que lhe permite capturar dióxido de enxofre (SO2), monóxido de azoto (NOx) e partículas finas. Esta filtragem é necessária para o funcionamento da pilha de combustível, onde o ar que entra deve ser o mais puro possível.

 

No ecrã multimédia do Mirai, é possível observar a quantidade de ar purificado em cada trajeto e depois da entrada em andamento do veículo. A informação gráfica está representada por um determinado número de corredores que teriam beneficiado desse ar puro se seguissem atrás do Mirai. A cada 15.000 litros de ar, a quantidade consumida por uma pessoa, um corredor junta-se ao pelotão.

 

Já em relação à água, o Mirai produz sete litros a cada 100 quilómetros percorridos. Esta água, que dá para ser consumida pelos condutores mais corajosos, pode ser descarregada manualmente através de um botão (H2O) em qualquer local mais oportuno.

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