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Sustentabilidade é uma prioridade de todo o Grupo Renault

O construtor automóvel francês quer tornar-se o mais sustentável a vários níveis, com o objetivo de chegar às emissões zero de carbono em 2040. O novo Renault Scénic E-Tech Eletric é o mais recente exercício da marca.

08 de Setembro de 2023 às 11:00
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Cléa Martinet, vice-presidente para a área da Sustentabilidade do Grupo Renault, e responsável pelo desenvolvimento do novo Scénic E-Tech Eletric, revelou ao Jornal de Negócios, em Munique, no âmbito do IAA Mobility, que a redução do peso dos veículos está entre os aspetos mais críticos da sustentabilidade. Nesse sentido, a Renault procura reduzir esse peso usando materiais mais leves e sustentáveis.

 

Para a responsável da Renault, um dos maiores desafios atuais é garantir uma cadeia de suprimentos neutra para todos os fornecedores. O foco está na redução das emissões de carbono dos materiais mais poluentes usados nos automóveis, incluindo aço, alumínio, vidro, pneus, microeletrónicos e polímeros plásticos, que representam cerca de 90% da pegada de carbono de um carro.

 

Segundo Cléa Martinet, o O Grupo também está a investir nos materiais reciclados e possui uma unidade de negócios especializada na reciclagem de materiais de veículos no final da sua vida útil. Isso inclui a reciclagem de plásticos, vidro, cobre e até platina dos escapes. Ao incorporar materiais reciclados em carros novos, eles podem reduzir significativamente sua pegada de carbono.

 

Materiais mais leves

  

O novo Scénic E-Tech Eletric utiliza um total de 24 por cento de materiais reciclados. Os componentes ferrosos (estrutura, carroçaria, eixos, partes do chassis, etc.) são compostos, em média, por 37% de materiais reciclados e o capô e as portas são feitos com até 80 % de alumínio reciclado, que torna a carroçaria mais leve e aumenta a eficiência.

 

No interior, a Renault substituiu os materiais tradicionais, como o couro, por alternativas sustentáveis, como plásticos reciclados e materiais de origem biológica. É o caso da cobertura do volante: 25% é PVC feito de óleo de rícino e 26% de trama de algodão. E os tapetes do chão são feitos com 54% de garrafas de plástico reciclado.

 

Sobre a eventual maior inflamabilidade de certos materiais reciclados usados nos automóveis, Cléa Martinet enfatizou que existem regulamentações rigorosas para garantir que os materiais reciclados atendam aos padrões de segurança, que a Renault cumpre rigorosamente.

 

Segunda vida das baterias

  

No caso das baterias, Cléa Martinet revelou que a Renault está explorar opções para estender a sua vida, incluindo a substituição de módulos individuais de bateria, o que acontece já no novo Scénic, e o seu uso em outras aplicações, como providenciar energia a embarcações ou edifícios.

 

O recurso ao hidrogénio de baixo carbono como fonte alternativa de combustível também está, segundo Cléa Martinet, nos objetivos do Grupo como uma forma de estender a autonomia dos veículos elétricos e reduzir a pegada de carbono das baterias.

 

Em resumo, a indústria automóvel e em particular a Renault está a abordar ativamente os desafios da sustentabilidade por meio de várias iniciativas, do uso de materiais reciclados, a extensão da vida útil das baterias e a exploração de fontes de combustível alternativas, como o hidrogénio. Esses esforços visam reduzir a pegada de carbono dos veículos e promover a sustentabilidade ambiental.

 

Negócios em Munique, a convite da Renault

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