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Renault quer internalizar produção de semicondutores para evitar falta de abastecimento

O administrador delegado da Renault Portugal disse hoje que o grupo está a tomar medidas para internalizar a produção de semicondutores e não estar dependente de cadeias externas de abastecimento, face à escassez daqueles componentes, devido à pandemia de covid-19.

Reuters
30 de Setembro de 2021 às 23:43
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"O agravamento, nos últimos meses, da pandemia no sudeste asiático e o atraso do plano de vacinação nessa região do globo pôs em causa muitas das cadeias de abastecimento de semicondutores, seja para a indústria automóvel, seja para muitas outras indústrias. A verdade é que nós, como também outros setores e outras indústrias, também já estamos a tomar medidas no sentido de internalizarmos e não estarmos dependentes de cadeias externas de abastecimento", disse aos jornalistas Ricardo Lopes, num encontro, em Lisboa, para se apresentar como novo administrador delegado da Renault Portugal.

O responsável, que já está na Renault há 16 anos, assumiu as novas funções no dia 1 de setembro, transitando do cargo de diretor de vendas, que passa a ser assumido por Ana Seguro.

"Obviamente que o setor automóvel está, como muitos outros, a ser profundamente impactado [pela falta de semicondutores], a Renault também, a nível global, obviamente. Em Portugal, felizmente, temos conseguido gerir de uma forma que não tem posto em causa aquilo que são compromissos assumidos com clientes", adiantou Ricardo Lopes.

O responsável elencou os vários desafios que a fabricante de automóveis tem pela frente, como a renovação a "renovação completa do seu plano de produto a partir do próximo ano", apresentando-se como uma marca de automóveis generalista, mas com soluções com "cada vez mais qualidade" e "integrando cada vez mais tecnologia".

Em 2020, o presidente executivo do grupo, Luca de Meo, apresentou o novo plano estratégico da Renault, com a ambição de passar de uma marca orientada para o volume de automóveis, para uma marca orientada "para o valor", lembrou Ricardo Lopes.

Segundo o administrador delegado para Portugal, esta estratégia não significa que a marca deixará de estar preocupada em vender carros, mas sim, sobretudo "perceber que o produto automóvel e a mobilidade no seu todo é algo muito mais do que fazer matrículas".

"É muito esse o desafio que o grupo Renault e que a marca Renault têm, seja a nível mundial seja em Portugal, no sentido de nós cada vez incorporarmos mais valor naquilo que é o acesso a mobilidade, [...] obviamente, uma mobilidade que será tendencialmente elétrica", explicou Ricardo Lopes.

Segundo o responsável, a Renault pretende introduzir, "progressivamente", mais modelos elétricos no mercado, com o próximo - o Megane E-Tech 100% elétrico - a ser lançado no início do próximo ano.
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