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Nissan, Renault e Mitsubishi aliam-se nos carros eléctricos e autónomos

O plano até 2022 é lançar 12 novos carros totalmente eléctricos e 40 automóveis com diferentes níveis de automação. A escala da aliança permitirá baixar custos. O objectivo máximo é reforçar a liderança.

Carlos Ghosn, CEO da Nissan
15 de Setembro de 2017 às 12:00
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As parceiras Nissan e Renault são as marcas que mais veículos eléctricos venderam até à data. E não querem perder o primeiro lugar do pódio, escreve a agência Bloomberg esta sexta-feira, 15 de Setembro.

A aliança, que integra também a Mitsubishi, pretende apresentar 12 novos carros totalmente eléctricos até 2022, reduzindo pelo caminho os custos das baterias. A isto junta-se a intenção de ter os carros cada vez mais a conduzirem-se "sozinhos", com um plano de 40 automóveis com diferentes níveis de automação. Pelo menos um não vai precisar de condutor.


O plano chamado "Aliança 2022", anunciado esta sexta-feira pelo presidente Carlos Ghosn, pretende afirmar as marcas como líderes na área de mobilidade eléctrica e autónoma bem como na tecnologia automóvel


Apesar dos custos subirem com esta aposta face aos motores de combustão, Ghosn acredita que a escala e a partilha de componentes entre as três marcas parceiros permitirá ultrapassar esta dificuldade.


"Vamos utilizar a escala que temos para construir vantagens mais competitivas para o futuro", afirmou em entrevista à Bloomberg.


Apesar da liderança nos eléctricos, esta aliança automóvel enfrenta a concorrência crescente de outras marcas que já prometeram investir em força nesta forma de mobilidade, como a Volkswagen ou a BMW, além da própria Tesla, que introduziu este ano o seu modelo para massas. Países como França ou Reino Unido já introduziram inclusive metas para descarbonização da sua economia e transportes.

A aliança Renault-Nissan-Mitsubishi vendeu 5,27 milhões de carros no primeiro semestre de 2017, ultrapassando a Toyota ou a Volkswagen, lembra a Bloomberg. A sua intenção é a de atingir os 10,5 milhões no final do ano e subir esse indicador para os 14 milhões em 2022, informou Ghosn.


O presidente destacou que a escala da aliança é o que permite cobrir os custos para "desenvolver todas as tecnologias para o carro do futuro" e mostra-se aberto a acolher novos parceiros uma vez que "a lógica de aliança é a de ter outros membros a juntar-se". Nesta fase não estão à procura de uma nova fabricante automóvel para integrar o grupo mas Ghosn admite aceitá-la se a oportunidade aparecer.


A vontade do sector é de que, em 2022, já seja possível percorrer mais de 600 quilómetros com apenas um carregamento de bateria.

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