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Musk volta a prometer não vender mais ações da Tesla
O empresário sul-africano vendeu quase 40 mil milhões de dólares de títulos este ano, estando sob o fogo cerrado de vários seguidores e acionistas que o acusam de perder o foco na marca automóvel para liderar o Twitter.
Depois de prometer e não cumprir, Elon Musk voltou a assegurar que não vai desfazer-se de mais ações da Tesla - isto a partir do próximo ano. Durante 2022, o empresário sul-africano desfez-se de quase 40 mil milhões de dólares em títulos da fabricante de veículos elétricos, numa altura em que teve em mãos a compra do Twitter.
"Não venderei mais ações até... não sei... até daqui a dois anos a partir de agora", garantiu Musk no Twitter Spaces, uma ferramenta de rede social que permite interações entre utilizadores através de áudio. Em abril e agosto deste ano, o até há bem pouco tempo homem mais rico do mundo tinha feito a mesma promessa.
No que toca às perspectivas macroeconómicas, o CEO do Twitter e da Tesla acredita que 2023 será o ano de "uma recessão bastante grave", "comparável a 2009". "Não sei se vai ser um pouco pior ou melhor [do que 2009], mas penso que é provável que seja comparável", acrescentou.
Durante o encontro em direto via áudio, que durou pouco mais de uma hora, Musk justificou as vendas como forma de criação de provisões face "ao pior cenário possível". O multimilionários mostrou-se ainda a favor de uma operação de recompra de ações da Tesla.
O encontro serviu ainda para rebater as críticas – muitas dos seus fãs - de que o empresário está mais focado na liderança do Twitter do que na da Tesla.
"As minhas últimas palavras são que temos tempos de tempestade pela frente, mas depois virá a bonança", rematou Musk antes de desligar a conversa áudio.
Musk previu que este ano seria "épico" para Tesla, mas falhou. Perante o cenário macroeconómico pressionado pela subida de juros por parte dos bancos centrais, a fabricante automóvel teve de oferecer descontos, reduzir preços e diminuir a produção na China.