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Musk volta a prometer não vender mais ações da Tesla

O empresário sul-africano vendeu quase 40 mil milhões de dólares de títulos este ano, estando sob o fogo cerrado de vários seguidores e acionistas que o acusam de perder o foco na marca automóvel para liderar o Twitter.

Lusa/EPA
23 de Dezembro de 2022 às 19:08
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Depois de prometer e não cumprir, Elon Musk voltou a assegurar que não vai desfazer-se de mais ações da Tesla - isto a partir do próximo ano. Durante 2022, o empresário sul-africano desfez-se de quase 40 mil milhões de dólares em títulos da fabricante de veículos elétricos, numa altura em que teve em mãos a compra do Twitter.

 

"Não venderei mais ações até... não sei... até daqui a dois anos a partir de agora", garantiu Musk no Twitter Spaces, uma ferramenta de rede social que permite interações entre utilizadores através de áudio. Em abril e agosto deste ano, o até há bem pouco tempo homem mais rico do mundo tinha feito a mesma promessa.

 

No que toca às perspectivas macroeconómicas, o CEO do Twitter e da Tesla acredita que 2023 será o ano de "uma recessão bastante grave", "comparável a 2009". "Não sei se vai ser um pouco pior ou melhor [do que 2009], mas penso que é provável que seja comparável", acrescentou.

 

Durante o encontro em direto via áudio, que durou pouco mais de uma hora, Musk justificou as vendas como forma de criação de provisões face "ao pior cenário possível". O multimilionários mostrou-se ainda a favor de uma operação de recompra de ações da Tesla.

 

O encontro serviu ainda para rebater as críticas – muitas dos seus fãs - de que o empresário está mais focado na liderança do Twitter do que na da Tesla.

"Não há uma única reunião importante da Tesla em que eu não tenha estado". Musk deu ainda conta de que pretende arrancar com um negócio de produção de lítio dentro de dois anos, numa refinaria a construir no Texas e cuja atividade alimentará as baterias dos veículos elétricos da Tesla.

 

"As minhas últimas palavras são que temos tempos de tempestade pela frente, mas depois virá a bonança", rematou Musk antes de desligar a conversa áudio.

 

Musk previu que este ano seria "épico" para Tesla, mas falhou. Perante o cenário macroeconómico pressionado pela subida de juros por parte dos bancos centrais, a fabricante automóvel teve de oferecer descontos, reduzir preços e diminuir a produção na China.

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