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Musk indexa salário à prestação da Tesla e deixa de ter remuneração garantida
O CEO e fundador da Tesla vai deixar de ter qualquer valor mínimo salarial garantido. Doravante, Elon Musk passará somente a receber salário em função dos resultados alcançados pela Tesla.
Não é propriamente algo completamente novo, embora seja incomum ser o próprio CEO a adoptar para si uma política que o pode prejudicar. Elon Musk, fundador e CEO da Tesla, decidiu indexar a sua remuneração ao desempenho da empresa e à satisfação dos accionistas.
De acordo com o anúncio feito esta terça-feira, 23 de Janeiro, em comunicado emitido pela Tesla, Elon Musk prescinde assim de um salário base garantido, deixando de ter direito a qualquer tipo de compensação remuneratória assegurada.
A compensação salarial de Musk será definida em função da combinação da capitalização da Tesla no mercado bolsista e dos resultados operacionais obtidos pela empresa.
"Elon [Musk] não vai receber qualquer compensação garantida – nenhum salário, bónus financeiro e nenhumas acções adquiridas somente pela simples passagem do tempo", escreve a fabricante de automóveis eléctricos no comunicado já referido.
A remuneração feita com base no desempenho da Tesla consistirá na atribuição do direito, durante um período de 10 anos, a opções sobre acções, dividido em 12 tranches e em que cada uma delas poderá ser accionada apenas se os objectivos de capitalização bolsista e resultados operacionais forem atingidos.
Na nota da Tesla a empresa refere que a capitalização terá de aumentar para 100 mil milhões de dólares de forma a que possa ser paga a primeira tranche, tendo depois de assegurar o contínuo crescimento de 50 mil milhões de dólares.
Ou seja, para que Elon Musk tenha direito à totalidade da compensação definida para o desempenho da empresa, a cotada precisa fazer crescer a respectiva capitalização para 650 mil milhões de dólares.