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Governo quer recuperar o "diálogo social produtivo" na Autoeuropa

A Autoeuropa vai avançar para o trabalho ao sábado a partir de Janeiro. A comissão de trabalhadores criticou a decisão e quer fechar um acordo laboral com a administração.

Bruno Simão
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O Governo garante que vai continuar a acompanhar os processos negociais na Autoeuropa, tal como tem feito ao longo dos vários meses do conflito laboral em Palmela.

"Tenho acompanhado como me compete" a situação da Autoeuropa. "Tenho tido contactos quer com os sindicatos quer com a administração ao longo dos meses. É um processo longo, já existiram dois acordos que foram recusados em referendo pelos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, esta quarta-feira, 13 de Dezembro.

 
O ministro acredita que o "diálogo vai continuar", mas defende que é preciso "recuperar uma das vantagens da Autoeuropa: o diálogo social produtivo."

Questionado sobre se teme uma nova greve, Vieira da Silva preferiu destacar a importância do actual momento, a chegada de um novo modelo de produção em grande escala, na história da fábrica.

"Não posso utilizar a palavra temer relativamente a um direito. Espero que todas as partes envolvidas tenham consciência do que está em causa. A Autoeuropa está numa fase de desenvolvimento extremamente importante" e que tem influência em "milhares de postos de trabalho", que existem e que ainda podem ser criados de forma directa e indirecta, afirmou.

 

"Pretendo ajudar com uma palavra", disse o ministro, apontando que os serviços do Ministério do Trabalho também ajudam a mediar estes conflitos.

 

"Espero contribuir para: primeiro retomar uma estrutura de diálogo social" na Autoeuropa e, em segundo, que esta situação "seja uma ferramenta para o futuro do país", concluiu.

A Autoeuropa comunicou aos 5.500 trabalhadores na terça-feira que vai avançar com o trabalho ao sábado a partir do final de Janeiro, com este dia a ser pago a dobrar.

A administração da fábrica portuguesa da Volkswagen tomou a decisão unilateral de avançar para o trabalho ao fim-de-semana sem um acordo laboral, justificando a sua decisão com a necessidade de atingir a meta de 240 mil automóveis produzidos em 2018.


Em reacção, a comissão de trabalhadores da Autoeuropa veio a público dizer que rejeita a decisão da administração de impor o trabalho ao sábado a partir do final de Janeiro e convocou plenários de trabalhadores para 20 de Dezembro.

Depois de dois pré-acordos laborais chumbados, a administração da fábrica também avisou os trabalhadores que a sede da Volkswagen na Alemanha só aceita dar luz verde a melhores condições caso seja fechado um acordo laboral em Palmela.

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