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Faltam incentivos à mobilidade elétrica para veículos comerciais, diz Nissan

O diretor-geral da marca japonesa em Portugal confia no crescimento dos veículos elétricos, mas considera que o segmento dos veículos comerciais necessitava de mais incentivos.

DR
19 de Fevereiro de 2020 às 19:28
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O diretor-geral da Nissan em Portugal, António Melica, disse esta quarta-feira estar confiante no crescimento do mercado dos elétricos em Portugal, alertando contudo que faltam medidas de incentivo no segmento dos veículos comerciais.

Em declarações à agência Lusa à margem do Fórum da Mobilidade Inteligente, António Melica lamentou que não seja ainda claro o "impulso" no segmento dos comerciais, como existe já para os veículos de passageiros.

"É necessária uma mudança de mentalidades quer por parte das empresas quer também por parte das autarquias", defendeu.

Segundo o responsável da Nissan em Portugal, "as empresas devem considerar a mudança seriamente, fazer as contas, olhar para os números, porque as vantagens são enormes a todos os níveis".

"Estamos muito entusiasmados com os veículos de passageiros e os comerciais continuam a aumentar, continuam a poluir e a fazer barulho nas cidades. Temos que fazer uma mudança, aumentar os benefícios", continuou.

António Melica reconhece ser difícil encontrar medidas de discriminação positiva neste segmento, mas sugere por exemplo a limitação de zonas das cidades a veículos de emissão zero, como é prática já em outras cidades europeias.

"Não existe ainda uma evolução clara, mas existe potencial para crescimento também nos comerciais", disse.

O responsável disse que a Nissan registou em Portugal uma quota de mercado de 4,2% entre abril e dezembro do ano passado, com a venda de perto de 9.000 unidades no país, 16% das quais se referem a veículos a elétricos.

"Fechamos janeiro com 5,4% de quota, um crescimento enorme face ao ano anterior. Estamos numa fase de crescimento, com aposta forte nos veículos elétricos", disse.

Segundo os dados apresentados, a Nissan é o líder "absoluto" nos veículos elétricos de passageiros, com as vendas do modelo Leaf a alcançarem as 1.660 unidades, tornando o país o 6.º mercado por importância na Europa ocidental e o 9.º no mundo.

A aposta continuará a ser na aceleração da mobilidade elétrica e na criação de infraestruturas de carregamento, que sejam um valor acrescentado para a gestão da energia.

A Nissan lançou no ano passado um programa para aumentar as infraestruturas de carregamento em Portugal, uma área que consideram que é necessário manter a aposta para desenvolver o segmento dos elétricos.

Segundo António Melica, a Nissan investiu já cerca de um milhão de euros na instalação de 52 "carregadores rápidos" e prevê continuar a investir para alcançar os 100 carregadores até 2022, conforme previsto.

"Neste trimestre, com incentivos governativos que vão sair em março, esperamos aumentar ainda mais este peso dos veículos elétricos", disse.

Para 2020, o objetivo da empresa é passar os 20% de vendas do modelo Nissan Leaf e "trabalhar sobre o veículo comercial".
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