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Eurodeputados aprovam metas para emissões de camiões. Quotas para autocarros eléctricos chumbadas

O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira metas mais duras do que as propostas pela Comissão Europeia para a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) dos veículos pesados a atingir até 2030. Mas as quotas para autocarros eléctricos acabaram por ser chumbadas em plenário.

Reuters
14 de Novembro de 2018 às 14:37
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O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira metas para a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) dos veículos pesados a atingir até 2030. Os eurodeputados fixaram objectivos mais ambiciosos do que os propostos pela Comissão Europeia e definem uma quota para os fabricantes de 20% para as vendas de veículos pesados sem emissões ou com baixas emissões no total de vendas de pesados em 2030.

A proposta aprovada em Estrasburgo define que as emissões de CO2 para os veículos pesados novos apresentem uma redução de 35% até 2030, superior à descida de 30% proposta por Bruxelas.


Adicionalmente, os fabricantes "terão de assegurar que os veículos pesados sem emissões ou com baixas emissões representem 20% da quota de mercado em 2030 e 5% em 2025", indica o comunicado do Parlamento Europeu.


Já as propostas que haviam sido aprovadas na comissão parlamentar do Ambiente que fixavam objectivos vinculativos para autocarros urbanos de emissões zero – com quotas de 50% em 2025 e de 75% em 2030 – foram "chumbadas" no plenário.


A proposta emendada, aprovada em plenário por 373 votos a favor, 285 contra e 16 abstenções, terá ainda de ser negociada com o Conselho da UE, onde estão representados os governos nacionais, para se alcançar um acordo sobre a legislação final.


A 3 de Outubro, o Parlamento Europeu aprovou a sua posição sobre a redução das emissões dos automóveis de passageiros e veículos comerciais ligeiros encontrando-se já a decorrer as negociações com o Conselho, que aprovou, a 9 de Outubro, uma proposta com metas acima das defendidas por Bruxelas mas abaixo das propostas pelos eurodeputados.

Indústria critica metas "demasiado agressivas"

A Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) já reagiu à votação, criticando o que considera metas "demasiado agressivas".

"Estas metas vão além da proposta apresentada pela Comissão Europeia em Maio, que já era extremamente desafiante", refere o secretário-geral da ACEA, Erik Jonnaert.

"Estas metas colocariam grandes problemas pois ignoram a realidade e complexidade do mercado dos camiões e os longos ciclos de desenvolvimento para os veículos pesados", considera Jonnaert. "Os camiões que chegarão ao mercado em 2025 já estão a ser desenvolvidos agora", acrescenta.

Jonnaert contesta também as metas para veículos eléctricos e as penalizações, argumentando que "o potencial de electrificação de veículos pesados é muito inferior aos dos ligeiros, especialmente nos camiões de mercadorias de longo curso". "E, adicionalmente, a infra-estrutura de carregamento está muito atrasada, em particular nas auto-estradas", conclui.

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