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Fabricantes de automóveis avisam UE para não votar limites baixos de emissões
O lobby automóvel europeu avisa Bruxelas de que a imposição de limites reduzidos para a emissão de carbono de veículos e pesados poderá não apenas prejudicar a indústria como provocar perdas de postos de trabalho. Parlamento Europeu vota novos limites esta quarta-feira.
A Organização dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA, na sigla inglesa) veio esta segunda-feira, 1 de Outubro, tentar conter danos a dois dias de o Parlamento Europeu votar a imposição de novos limites para as emissões de carbono de veículos ligeiros e pesados.
Os deputados europeus votam na próxima quarta-feira, 3 de Outubro, a imposição de um limite de emissões de carbono de 45% até 2030, uma meta mais ambiciosa do que as propostas iniciais que apontavam para um limite de 30%.
O lobby automóvel europeu vem agora avisar que a aplicação de limites demasiado restritivos prejudica aquela que é uma das principais indústrias europeias e pode provocar o desaparecimento de postos de trabalho. Como tal, a ACEA insta Bruxelas a ponderar adoptar níveis de emissões mais elevados.
"Quanto mais agressivas forem as metas para a redução de CO", mais disruptivos serão os impactos socioeconómicos", afirmou Erik Jonnaert, líder da ACEA em comunicado citado pela Reuters.
Na nota, a ACEA salienta que o sector automóvel emprega cerca de 6% da força de trabalho europeia, sendo que parte dos postos de trabalho pode desaparecer devido ao abrandamento do sector se tais limites forem impostos.
A ACEA refere ainda que os fabricantes europeus trabalham no desenvolvimento de veículos eléctricos, contudo a conversão do mercado persiste muito lenta e com baixos níveis de vendas. Assim, apela também aos governos nacionais que adoptem incentivos à compra de veículos eléctricos e à construção de infra-estruturas para o carregamento de baterias automóvel.