Notícia
Como vai funcionar a rede de carregamento
A Rede de Mobilidade Eléctrica em Portugal vai ser uma rede de abastecimento de veículos eléctricos com ligação a vários pontos do País. Um total de 25 Municípios já aderiu à rede, que será dinamizada e gerida pelo consórcio Mobi.E.
15 de Junho de 2010 às 11:22
A Rede de Mobilidade Eléctrica em Portugal vai ser uma rede de abastecimento de veículos eléctricos com ligação a vários pontos do País. Um total de 25 Municípios já aderiu à rede, que será dinamizada e gerida pelo consórcio Mobi.E. Nesta empresa a EDP Distribuição terá o controlo de pelo menos 51% do capital, ficando o restante disperso por outras entidades públicas e privadas, em participações de até 5% ou 10%, respectivamente.
Os 1350 pontos de carregamento de baterias da rede-piloto, a instalar até 2011, estarão localizados nas vias pública das 25 cidades aderentes da rede. Daquele total, 1300 serão postos de carregamento normal e 50 serão de carregamento rápido. A estes acrescerão os pontos a instalar nos parques de estacionamento dos centros comerciais e dos aeroportos, bombas de gasolina, hotéis e garagens particulares. A rede contará com pontos de carregamento lento de baterias, com duração de 6 a 8 horas, que permite o aproveitamento da energia eólica produzida durante a noite, e pontos de carregamento rápido (em 20 a 30 minutos), para carregamentos feitos durante o dia.
Os denominados veículos eléctricos plug-in, virão equipados com packs de baterias de ião-lítio e um cabo de ligação às tomadas de electricidade para o carregamento. Por questões de segurança, será necessário comprar um adaptador para ligar o carro à sua tomada de casa.
Em princípio, a rede pública será mais utilizada durante o dia, para carregamentos rápidos das baterias (de 10 a 30 minutos). Hotéis, restaurantes, hipermercados e algumas mega-stores, como o Ikea ou a Decathlon, também poderão instalar postos de carregamento ao dispor dos seus clientes.
O pagamento será feito através do cartão pré-pago CHARG.E, da rede Mobi.E, que dá acesso aos pontos de abastecimento, sendo descontado o valor de cada carregamento. O montante a cobrar inclui a electricidade consumida e uma taxa pelo serviço de carregamento.
Para a carga total, através de carregamento lentos de seis a oito horas, os utilizadores de veículos eléctricos utilizarão o período nocturno, recorrendo às tomadas de electricidade das garagens das suas casas ou dos seus condomínios. Tal como fazemos hoje com os telemóveis ou os computadores portáteis. As frotas de empresas serão recarregadas igualmente durante a noite, nos pontos de carga instalados nos parques de estacionamento.
Até ao final deste ano, Portugal contará com 320 postos de carregamento. Um número suficiente para servir os primeiro carros eléctricos, que começarão a chegar ao mercado depois do Verão. E para quem ainda acha que o carro eléctrico é uma realidade distante e longe da massificação, João Dias, responsável pelo Mobi.E respode com números: È que segundo as estimativas, em 2020, dentro de apenas dez anos, já deverão restar a circular nas estradas portuguesas mais de 750 mil carros eléctricos. “E esta é uma estimativa conversadora”, acrescenta.
|
|