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Carros eléctricos novos ainda sem direito a cheque

Os carros eléctricos comprados este ano têm direito a um cheque de 2.250 euros, mas o processo para o receber ainda não arrancou. O sector automóvel pede o regresso do incentivo ao abate e quer a actualização das regras nas portagens.

Bruno Simão/Negócios
07 de Fevereiro de 2017 às 21:55
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Os incentivos do Governo para comprar carros eléctricos ainda não estão disponíveis. O cheque de 2.250 euros previsto para os primeiros mil carros eléctricos comprados este ano ainda não foi disponibilizado.

A situação foi revelada na terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP). "Neste momento quem comprar um carro eléctrico terá alguma dificuldade em obter já este subsídio e estará à espera", revelou o secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro.
O responsável sublinhou que o cheque "será atribuído certamente, mas com atraso". A ACAP diz que espera agora "para ver qual será a forma dos clientes obterem o incentivo junto do Fundo Ambiental".

"Esta questão estará ainda difícil de implementar no próprio Ministério do Ambiente", acrescentou, destacando que este incentivo é "positivo". Contactado pelo Negócios, o Ministério do Ambiente não respondeu até à hora de fecho desta edição.

Por seu turno, a Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE) explica que ainda não está disponível na internet o formulário que os compradores de carros eléctricos têm de preencher para receber este cheque. "Este processo é altamente burocrático, pois obriga o comprador a preencher um formulário. Assim, só depois de comprar o carro é que vai receber o incentivo. E este formulário ainda não está disponível", explicou ao Negócios Henrique Sanchéz, presidente da UVE.

Na sua conferência de imprensa de apresentação de resultados anuais, a ACAP também defendeu o regresso do incentivo ao abate, que terminou no final de 2010, apontando para os seus benefícios, pois o parque automóvel nacional tem uma idade média de 12,3 anos.

"É sabido que quando um parque automóvel tem uma idade média de 9-10 anos é um parque envelhecido, com tudo o que isso tem de negativo em termos do ambiente e da própria segurança rodoviária. E a única medida de estímulo em termos europeus é exactamente o incentivo ao abate", defendeu Hélder Pedro.

A associação também já começou a conversar com o Governo no sentido de actualizar a legislação das portagens. É que a legislação europeia obriga a que os novos automóveis ligeiros sejam mais altos no eixo da frente, mas o problema é que estes carros pagam em Portugal mais nas portagens.

A alteração da lei é importante, sublinhou Hélder Pedro, porque até 2020 vão ser lançados no mercado 60 modelos com uma "altura do eixo da frente superior a 1,10 metros".
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