A Comissão Europeia propôs uma taxa de 9% aos veículos da Tesla, no âmbito da aplicação de tarifas aos elétricos vindos da China. Bruxelas justifica estes impostos adicionais devido ao facto de as empresas chineses beneficiarem de subsídios estatais desleais, que põem em causa as regras da concorrência.

Na proposta apresentada esta quinta-feira, a Comissão indica um imposto de 9% às viaturas da empresa de Elon Musk. Apesar de a Tesla ser norte-americana, vários dos seus automóveis são fabricados na China. Ainda assim, terá um taxa mais reduzida que as restantes marcas taxadas, uma vez que é apenas exportadora.

Em relação às restantes marcas, quase todas mantêm as tarifas propostas em julho, à exceção da SAIC que vê um alívio para 36,3%, abaixo dos 37.6% inicialmente propostos. A BYD terá uma taxa de 17,0%, a Geely de 19,3%, outras empresas cooperantes com Bruxelas serão taxadas a 21,3%. Fabricantes não cooperantes terão um imposto de 36,3%.

A Comissão Europeia justifica o ajustamento nos valores com base "em comentários fundamentados sobre as medidas provisórias recebidos das partes interessadas, bem como na conclusão das diligências de investigação que ainda não tinham sido finalizadas na fase provisória".

Para além da Tesla, vários exportadores chineses e certas empresas comuns com produtores da União Europeia – que ainda não exportavam no momento do período de inquérito – beneficiarem da taxa do direito mais baixa prevista. Bruxelas recuou ainda na decisão de não cobrar retroativamente direitos compensatórios.