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Autoeuropa com plano de rescisões em marcha

A quebra na produção prevista para este ano fez com que a fábrica da Volkswagen, em Palmela, tenha avançado com dois planos de rescisões voluntárias. De acordo com o Eco , á terão saído 70 funcionários.

O transporte rodoviário para trabalhadores custa 5,6 milhões de euros (com IVA) por ano à Autoeuropa.
João Cortesão
28 de Janeiro de 2022 às 09:36
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A Autoeuropa vai reduzir o número de trabalhadores até 2023. O Eco avança esta sexta-feira que a administração da fábrica da Volkswagen já tem em marcha um programa de rescisões voluntárias, que já terá resultado na saída de 70 funcionários, não havendo uma meta definida para o número de rescisões.


Esta decisão da Autoeuropa vem no seguimento da quebra de produção prevista para este ano, com uma redução de 53 mil veículos face a 2021. Esta quebra faz com que, até março, a fábrica fique sem trabalhar aos sábados e domingos e põe em risco o funcionamento de um quarto turno e o futuro de cerca de 900 trabalhadores, aponta ainda o Eco.   


Aos trabalhadores da fábrica em Palmela estão a ser apresentados dois "programas para terminação de contrato", com um horizonte temporal de 2021-2023, e desde novembro do ano passado, quando começou a ser apresentado este plano, já resultaram na saída de 70 funcionários apurou o Eco.


"As ações de produtividade planeadas e o final da produção do MPV [Multi-Purpose Vehicle] implica a criação de ações para ajuste do número de trabalhadores", lê-se no documento a que o ECO teve acesso. Mas é ressalvada a necessidade de as medidas/programas criados serem flexíveis para "permitir uma adaptação às alterações do plano de produção e outras atividades/ações relacionadas com insourcings ou projetos temporários".


Os trabalhadores com contrato permanente que tenham interesse em sair da empresa podem recorrer ao "Novas perspetivas", sendo paga uma indemnização de 1,5 salários por cada ano de trabalho, com um teto máximo de dez anos. Ou seja, a indemnização pode não ter em conta toda a antiguidade do trabalhador. Nestas contas é considerado o salário base acrescido do subsídio de turno ou de isenção de horário.


Para os trabalhadores mais velhos foi desenhado um outro programa para a rescisão, o "ponte para a reforma". A administração propõe que quem tem 55 anos ou mais pode pedir uma redução do período normal de trabalho. Durante três anos, no máximo, o trabalhador pode optar por ter uma redução de 50% do trabalho semanal, por um horário a tempo parcial ou ainda por trabalhar dois ou três dias por semana.


Estes planos de rescisões servem também para reduzir o excesso de funcionários que vai resultar do fim da produção carrinha Sharan, previsto para este ano, à qual estão afetos cerca de 300 trabalhadores.

Com o fim da produção da Sharan, a Autoeuropa passará a produzir apenas o T-Roc.


No reverso, em Espanha, parece já estar assegurado um investimento de cinco mil milhões de euros para três veículos elétricos. Os modelos Cupra e Skoda serão produzidos na unidade da Seat em Martorell, na província de Barcelona, enquanto o modelo da Volkswagen será fabricado na unidade da VW em Landaben, em Pamplona, avançou o Expansión.

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