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Honda e Nissan em negociações até junho para criar a terceira maior fabricante do mundo

As duas empresas japonesas estão até junho em conversações para criar o terceiro maior fabricante de automóveis. Negociações devem dar origem a uma 'holding em agosto do próximo ano.

Reuters
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As japonesas Honda e a Nissan confirmaram esta segunda-feira que estão em conversações para criar o terceiro maior fabricante de automóveis do mundo. As negociações deverão acabar em junho do próximo ano e dar origem a um novo  grupo até Agosto de 2026.

A notícia sobre a fusão das duas empresas foi avançada na semana passada pela imprensa japonesa, que explicava que o objetivo é enfrentar a ameaça da Tesla e das fabricantes de veículos elétricos chineses.

Agora, as duas empresas confirmam que estão em negociações para criar o terceiro maior fabricante de automóveis do mundo (em vendas de automóveis), explica a agência Reuters.

Juntas, as duas empresas têm vendas de 30 biliões de ienes (183,9 mil milhões de euros) e um lucro operacional de mais de 3 biliões de ienes com a potencial fusão, refere a agência de notícias, citando um comunicado.

O objetivo é terminar as negociações em junho do próximo ano e criar uma ‘holding’ em agosto de 2026, altura em que as empresas deixarão de estar cotadas.

Com uma capitalização bolsista de 40 mil milhões de dólares ( 38,4 mil milhões de euros),a Honda é a segunda maior fabricante japonesa, a seguir à Toyota. Avaliada em 10 mil milhões de dólares (9,6 mil milhões de euros), a Nissan é a terceira.

A nova fabricante que resultará da fusão será a terceira a nível mundial, depois da Toyota e a Volkswagen.

Nos últimos anos, os fabricantes de automóveis da Europa, Estados Unidos e Japão investiram milhares de milhões de dólares em veículos elétricos, investimentos esses que ainda não se transformaram em lucros.

Paralelamente, explica o New York Times, o abrandamento de vendas e os planos de Trump para acabar com os incentivos à compra de elétricos obrigam a manter algum investimento em carros movidos a gasóleo ou gasolina.

"Para sustentar estes investimentos duais, os fabricantes de automóveis precisam de ganhar escala e procurar eficiências operacionais", explica Takaki Nakanishi, da consultora Nakanishi, em Tóquio, citado pelo New York Times. "Se a Nissan e a Honda não conseguirem isso, não vão sobreviver", acrescentou.

Notícia atualizada pelas 9:49 com mais informação

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