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Rendimento agrícola recua 3,2% em 2014

O decréscimo de 5,2% dos subsídios à produção e de 2,8% da evolução do VAB deverá levar a uma perda do rendimento da agricultura este exercício, indicam as contas do INE. As culturas vegetais sofreram com a deflação, com o preço da batata a recuar 43% em 2014.

Bloomberg
12 de Dezembro de 2014 às 12:58
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"A actividade agrícola desenvolvida em Portugal durante o ano de 2014 deverá gerar um rendimento, por unidade de trabalho, inferior ao ano anterior em cerca de 3,2% (em termos reais)", conclui o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Contas Económicas da Agricultura (CEA), publicadas esta sexta-feira, 12 de Dezembro.

 

Para este desempenho, esclarece o INE, "foram determinantes a evolução do Valor Acrescentado Bruto (VAB)", que diminuiu 2,8%, e para o qual contribuiu (em termos nominais) o decréscimo de 3,2% da produção do ramo agrícola, "atenuada pela redução mais acentuada do consumo intermédio (menos 3,4%)". O organismo de estatística adianta contudo que, em termos reais, perspectiva-se para o VAB um aumento de 3,4%".

 

O INE adianta que apesar do volume de produção até registar um "ligeiro aumento" de 0,9%, os preços base do ramo agrícola tenderá a reflectir o decréscimo de 4% dos preços.

 

A "grande maioria das culturas vegetais", adianta o INE "apresentou preços mais baixos em 2014". É de salientar o preço da batata, que recuou 43% (com um aumento de 15% do volume), dos vegetais e produtos agrícolas (que caiu 6,5%), dos cereais (menos 4,6%) e dos frutos (menos 4,6%).

 

Outro factor que afectou negativamente o rendimento agrícola em 2014, justifica o INE, foi a diminuição dos subsídios ao sector. Prevê assim o organismo oficial de estatística "um decréscimo nos montantes totais atribuídos e classificados" nas contas económicas da agricultura como "subsídios", em cerca de 6,5%: menos 11,1% dos subsídios aos produtos e menos 5,2% nos outros subsídios à produção.

 

O INE contextualiza que "a diminuição dos subsídios aos produtos ao longo do tempo provém da supressão progressiva, desde o ano de 2005, das ajudas associadas (ajudas relacionadas com a produção e classificadas em subsídios aos produtos) integrando-as no Regime de Pagamento Único (RPU), classificado nos outros subsídios à produção". E que, a partir de 2012 "novas integrações no RPU", nomeadamente das ajudas por hectare ao tomate, arroz e prémios ao abate de bovinos, "contribuíram para reduções nos pagamentos associados, nos anos seguintes, com reflexos ainda na evolução de 2013 para 2014".

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