Notícia
Pera Rocha do Oeste com quebras de 50% devido a seca, diz associação
Na campanha de 2021/2022, a produção situou-se nas 220 mil toneladas de pera rocha, das quais 60 a 70% foram exportadas.
23 de Agosto de 2022 às 18:09
A produção de pera rocha deste ano, cuja colheita começou há uma semana, deverá ter uma quebra de 50% devido à seca e às elevadas temperaturas registadas em julho, estimou esta terça-feira a associação do setor.
"Já tínhamos previsto uma quebra de aproximadamente 30% em relação à campanha anterior, o que já não era muito benéfico, mas aceitável em ano de contrassafra, mas a quebra vai aumentar e nós estimamos que ande a rondar os 50% em relação ao ano anterior devido às condições climatéricas", afirmou à agência Lusa Domingos dos Santos, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Pera Rocha (ANP), que representa o setor.
Segundo o dirigente, a situação de seca extrema no país associada às elevadas temperaturas registadas em julho, fez com que não haja disponibilidade de água no solo e nas poucas reservas de água existentes na região Oeste para regar, refletindo-se na produção da pera rocha.
"Temos peras com teores de açúcar elevadíssimos, ou seja, com grande qualidade organoléptica, mas, mais pequenas, pesam menos, o que há uma quebra", explicou Domingos dos Santos.
A ANP estimou que possam existir prejuízos no setor no final do ano.
"O mercado vai ter de compensar uma parte desta quebra de produção", com aumento no preço da venda da fruta aos consumidores, "mas nunca vai compensar na totalidade e vai ser sempre dramático para os produtores tendo em conta o aumento de custos de produção que temos tido nos últimos meses no campo e nas próprias centrais fruteiras e vai ser muito difícil refletir isto no consumidor final", concretizou.
Para o dirigente, na região Oeste, onde não faltava até há poucos anos água para a agricultura e, por isso, as barragens e os sistemas de retenção de água são quase inexistentes, torna-se necessário "pensar no futuro da água nesta região e da fruticultura e da horticultura" e prever investimentos nesse sentido.
Na campanha de 2021/2022, a produção situou-se nas 220 mil toneladas de pera rocha, das quais 60 a 70% foram exportadas.
Brasil, Reino Unido, Marrocos, França e Alemanha são os cinco principais mercados de destino desta fruta.
A ANP possui cinco mil produtores associados, com uma área de produção de 11 mil hectares.
Produzida (99%) nos concelhos entre Mafra e Leiria, sendo os de maior produção os do Cadaval e Bombarral, a pera rocha do Oeste possui Denominação de Origem Protegida, um reconhecimento da qualidade do fruto português por parte da União Europeia.
"Já tínhamos previsto uma quebra de aproximadamente 30% em relação à campanha anterior, o que já não era muito benéfico, mas aceitável em ano de contrassafra, mas a quebra vai aumentar e nós estimamos que ande a rondar os 50% em relação ao ano anterior devido às condições climatéricas", afirmou à agência Lusa Domingos dos Santos, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Pera Rocha (ANP), que representa o setor.
"Temos peras com teores de açúcar elevadíssimos, ou seja, com grande qualidade organoléptica, mas, mais pequenas, pesam menos, o que há uma quebra", explicou Domingos dos Santos.
A ANP estimou que possam existir prejuízos no setor no final do ano.
"O mercado vai ter de compensar uma parte desta quebra de produção", com aumento no preço da venda da fruta aos consumidores, "mas nunca vai compensar na totalidade e vai ser sempre dramático para os produtores tendo em conta o aumento de custos de produção que temos tido nos últimos meses no campo e nas próprias centrais fruteiras e vai ser muito difícil refletir isto no consumidor final", concretizou.
Para o dirigente, na região Oeste, onde não faltava até há poucos anos água para a agricultura e, por isso, as barragens e os sistemas de retenção de água são quase inexistentes, torna-se necessário "pensar no futuro da água nesta região e da fruticultura e da horticultura" e prever investimentos nesse sentido.
Na campanha de 2021/2022, a produção situou-se nas 220 mil toneladas de pera rocha, das quais 60 a 70% foram exportadas.
Brasil, Reino Unido, Marrocos, França e Alemanha são os cinco principais mercados de destino desta fruta.
A ANP possui cinco mil produtores associados, com uma área de produção de 11 mil hectares.
Produzida (99%) nos concelhos entre Mafra e Leiria, sendo os de maior produção os do Cadaval e Bombarral, a pera rocha do Oeste possui Denominação de Origem Protegida, um reconhecimento da qualidade do fruto português por parte da União Europeia.