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Ministra da Agricultura diz que deixa "bons instrumentos" e "boa pasta de transição" a quem vier

Maria do Céu Antunes terminou a audição no parlamento em jeito de balanço do mandato, defendendo que deixa "bons instrumentos", como o PEPAC, a quem chegar para assumir a pasta.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, apresentou esta quinta-feira a abertura dos dois primeiros avisos do PRR para o setor.
Pedro Ferreira
08 de Novembro de 2023 às 23:06
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A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, defendeu esta, quarta-feira, que deixa além de uma "boa pasta de transição", também "bons instrumentos" na tutela que dirige, naquela que poder ter sido a sua última intervenção no parlamento nessa qualidade atendendo à demissão do primeiro-ministro, António Costa.

"Quem vier a ocupar este lugar, independentemente da forma como vier a ser definido, vai ter uma boa pasta de transição, com todas estas matérias subjacentes", porque, "no final de tudo, para além das crises políticas, o que conta são os agricultores, os pescadores e as pessoas", afirmou Maria do Céu Antunes, na audição parlamentar conjunta nas comissões de Orçamento e Finanças e Agricultura e Pescas no âmbito da análise à proposta do Orçamento do Estado para 2024.

No final da terceira ronda, Maria do Céu Antunes deixou sem resposta várias das perguntas colocadas por quase 30 deputados, focando a derradeira intervenção, que findou pelas 22h20, ou seja, quase quatro horas depois do início da audição, no legado que considera que irá deixar a quem lhe suceder.

"Tenho orgulho imenso em deixar instrumentos que vão possibilitar ao próximo governo continur a trabalhar para a promoção da agricultura e das pescas mais sustentáveis do ponto de vista económico e social e dando resposta aos desafios ambientais", argumentou Maria do Céu Antunes, que assumiu o cargo de ministra em 2019.

A responsável deu como exemplo de "bons instrumentos", entre outros, o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) que, ao contrário do passado, dispõe de mecanismos que permitem ajustes anuais em função da conjuntura. "Será a todo o tempo ajustável e, por isso mesmo, na tal refoma que foi possível fazer, aquilo que deixámos previsto é que podem ser feitas revisões anuais para atualizar as condições, o que não conseguimos até aqui".

Mas não ficou por aqui. "Também deixamos o Programa Nacional de Regadio, criado pelo Partido Socialista há oito anos", assim como "as bases para o novo" que "vai transformar a paisagem portuguesa", afirmou, entre outros exemplos.

"Não sei se virei ainda no âmbito desta legislatura a este parlamento", mas "levo daqui claramente propostas que materializamos, que continuaremos a materializar porque é isso que portugueses e portuguesas pedem a cada um de nós", disse, embora reconhecendo que "nem sempre" esteve em acordo com os deputados de quem ouviu, aliás, extensas críticas, de diferentes partidos, pela sua atuação ao longo do mandato durante a audição desta quarta-feira.

"Obrigada pela crítica construtiva. Cá estaremos para continuar a trabalhar pelos portugueses e portuguesas", concluiu.

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