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Governo sem "nenhum pedido formal" de Espanha para uso de água do Alqueva

Líderes regionais de Andaluzia revelaram, em meados do mês passado, que estavam em conversações com as autoridades portuguesas para poder utilizar os recursos hídricos da barragem do Alqueva.

08 de Novembro de 2023 às 20:45
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A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, afirmou, esta quarta-feira, no Parlamento, que, até ao momento, "não recebeu nenhum pedido formal" por parte de Andaluzia para poder usar os recursos hídricos da barragem do Alqueva, a maior da Europa ocidental, situada a apenas 30 quilómetros da fronteira com Espanha.

Esse pedido, esclareceu, tem de ser efetuado na comissão gerida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e avaliada à luz da Convenção de Albufeira, assinada pelos dois países vizinhos há 25 anos para a gestão de cinco bacias hidrográficas: Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana.

"Acompanharemos este processo com cautela" e atendendo às "limitações nomeadamente no sul que, apesar dos níveis de pluviosidade do último mês, ainda não recuperou", disse Maria do Céu Antunes.

A pergunta durante a audição da ministra no Parlamento a propósito da proposta do Orçamento do Estado para 2024 surgiu depois de, em meados de outubro, a imprensa espanhola ter avançado que o presidente do governo regional autónomo da Andaluzia, Juan Moreno Bonilla, estava em conversações com as autoridades portuguesas para poder utilizar os recursos hídricos da barragem do Alqueva.

De acordo com os cálculos feitos pelos líderes regionais e locais de Huelva, onde governa o Partido Popular, os agricultores portugueses necessitam de 600 hectómetros cúbicos de água por ano para o regadio, e os espanhóis de apenas 100 hectómetros cúbicos para "salvar a campanha agrícola" anual.
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