Notícia
Leite português vai ter rotulagem obrigatória de origem
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, fez o anúncio da rotulagem durante uma manifestação de produtores de leite em Bruxelas e afirmou que esta é "uma medida que o sector considera muito importante".
23 de Janeiro de 2017 às 13:03
Portugal recebeu autorização da União Europeia para aprovar um diploma que torna obrigatório que o leite e os produtos lácteos tenham nas embalagens a menção de origem portuguesa, anunciou hoje em Bruxelas o ministro da Agricultura.
Segundo Capoulas Santos, que fez o anúncio durante uma manifestação de produtores de leite, nas imediações da sede do Conselho da União Europeia, onde hoje decorre uma reunião de ministros da Agricultura dos 28, esta é "uma medida que o sector considera muito importante", e que permitirá aos consumidores portugueses passar a fazer, "de forma inequívoca", a opção pelo leite produzido em Portugal.
Presente na manifestação, organizada pelo sindicato European Milk Board, o representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) José Gonçalves reconheceu que se trata de "uma medida positiva", mas defendeu que "não vai resolver o problema concreto de Portugal" e do sector, que continua a viver sucessivas crises desde que a União Europeia decidiu terminar com as quotas leiteiras.
Em declarações a jornalistas no exterior do Conselho - onde manifestantes derramaram quilos de leite em pó, como forma de protesto por a Comissão estar a reintroduzir progressivamente no mercado toneladas de leite em pó que armazenou para tentar estabilizar os preços no sector -, o ministro Capoulas Santos admitiu que "a situação continua difícil para muitos produtores", apesar do pacote de medidas adoptado ao nível europeu e complementado, no caso português, com apoios nacionais.
Apontando que vai defender hoje mesmo no Conselho, durante o ponto da agenda dedicado ao sector do leite, a continuação do pacote de medidas de apoio ao sector, o ministro da Agricultura anunciou que, entre as medidas nacionais complementares adoptadas pelo Governo em Julho, "constava a rotulagem obrigatória do leite", que Portugal poderá finalmente por em prática, após receber "luz verde" de Bruxelas.
Capoulas Santos apontou que, até agora, apenas um Estado-membro, França, tinha pedido e obtido idêntica autorização, tornando-se Portugal, "ao fim de cinco meses, o segundo Estado-membro a conseguir essa autorização", o que permitirá "pôr em execução uma medida que o sector considera muito importante".
"Isto é, irá agora a Conselho de Ministros um diploma que tornará obrigatório em Portugal que o leite e os produtos lácteos ostentem nas respectivas embalagens a menção da origem Portugal. Isto vai ser muito importante, porque o leite português é reconhecidamente de grande qualidade, e entra em Portugal leite de outras origens. Portanto, os consumidores passarão, de uma forma inequívoca, na prateleira dos supermercados, a poder fazer a opção entre o leite produzido em Portugal e leite produzido noutra qualquer origem", explicou.
Já José Gonçalves, da CNA, considerou que, embora "justa" e "positiva", a medida não resolve o problema de fundo, "porque aquilo que se está a passar é a deslocalização da produção de leite".
"Portugal baixou a sua produção e dificilmente irá recuperar", disse, acrescentando que uma das reivindicações do protesto de hoje é precisamente "reclamar uma vez mais a reposição do instrumento público de regulação da produção no sector do leite".
Além disso, acção pretende "dizer ao Conselho e à Comissão que crise no sector do leite está muito longe de ser ultrapassada" e "denunciar esta tentativa por parte da Comissão de colocar no mercado as 360 mil toneladas de leite em pó que tem em resultado da intervenção pública".
Segundo Capoulas Santos, que fez o anúncio durante uma manifestação de produtores de leite, nas imediações da sede do Conselho da União Europeia, onde hoje decorre uma reunião de ministros da Agricultura dos 28, esta é "uma medida que o sector considera muito importante", e que permitirá aos consumidores portugueses passar a fazer, "de forma inequívoca", a opção pelo leite produzido em Portugal.
Em declarações a jornalistas no exterior do Conselho - onde manifestantes derramaram quilos de leite em pó, como forma de protesto por a Comissão estar a reintroduzir progressivamente no mercado toneladas de leite em pó que armazenou para tentar estabilizar os preços no sector -, o ministro Capoulas Santos admitiu que "a situação continua difícil para muitos produtores", apesar do pacote de medidas adoptado ao nível europeu e complementado, no caso português, com apoios nacionais.
Apontando que vai defender hoje mesmo no Conselho, durante o ponto da agenda dedicado ao sector do leite, a continuação do pacote de medidas de apoio ao sector, o ministro da Agricultura anunciou que, entre as medidas nacionais complementares adoptadas pelo Governo em Julho, "constava a rotulagem obrigatória do leite", que Portugal poderá finalmente por em prática, após receber "luz verde" de Bruxelas.
Capoulas Santos apontou que, até agora, apenas um Estado-membro, França, tinha pedido e obtido idêntica autorização, tornando-se Portugal, "ao fim de cinco meses, o segundo Estado-membro a conseguir essa autorização", o que permitirá "pôr em execução uma medida que o sector considera muito importante".
"Isto é, irá agora a Conselho de Ministros um diploma que tornará obrigatório em Portugal que o leite e os produtos lácteos ostentem nas respectivas embalagens a menção da origem Portugal. Isto vai ser muito importante, porque o leite português é reconhecidamente de grande qualidade, e entra em Portugal leite de outras origens. Portanto, os consumidores passarão, de uma forma inequívoca, na prateleira dos supermercados, a poder fazer a opção entre o leite produzido em Portugal e leite produzido noutra qualquer origem", explicou.
Já José Gonçalves, da CNA, considerou que, embora "justa" e "positiva", a medida não resolve o problema de fundo, "porque aquilo que se está a passar é a deslocalização da produção de leite".
"Portugal baixou a sua produção e dificilmente irá recuperar", disse, acrescentando que uma das reivindicações do protesto de hoje é precisamente "reclamar uma vez mais a reposição do instrumento público de regulação da produção no sector do leite".
Além disso, acção pretende "dizer ao Conselho e à Comissão que crise no sector do leite está muito longe de ser ultrapassada" e "denunciar esta tentativa por parte da Comissão de colocar no mercado as 360 mil toneladas de leite em pó que tem em resultado da intervenção pública".