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Famílias ricas procuram maior retorno na exploração de florestas

É uma aposta de longo prazo no crescimento.

30 de Junho de 2019 às 16:00
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Tom Crowder passou grande parte da sua carreira de dois anos na NFL a fugir de homens que pesavam mais de 130 quilos. E hoje? O ex-jogador de futebol americano se preocupa com ursos e cobras. Como vice-presidente sénior do Bank of America, Crowder passa a maior parte do tempo na selva, desde florestas verdes em New England às zonas húmidas nas Carolinas do Norte e do Sul, investigando ativos madeireiros dos Estados Unidos para investidores com património líquido de pelo menos 100 milhões de dólares e um mínimo de 10 milhões de dólares para investir.

 

"As árvores não se movem tão depressa como os ‘linebackers’ do Pro Bowl", disse Crowder numa recente viagem à quinta madeireira de um cliente na Carolina do Sul, com vista para o rio Waccamaw, que está cheio de crocodilos. Rodeado de tartarugas selvagens e perus, o executivo conta num piquenique a sua experiência como recetor e jogador da defesa do Dallas Cowboys. Depois de partir a mandíbula e uma cirurgia de emergência, Crowder está feliz por voltar às suas raízes como parte da terceira geração de uma família de silvicultores.

 

Crowder faz parte dos mais de 200 especialistas do grupo de gestão de ativos especiais do Bank of America, o SAM, que gere mais de 94 mil ativos avaliados em 13,6 mil milhões de dólares para pessoas individuais e instituições. Estes clientes estão à procura de áreas de extração de madeira, quintas, ranchos, ativos de energia ou propriedades, os chamados investimentos alternativos que podem diversificar carteiras formadas principalmente por ações e títulos e que possam fornecer proteção contra a inflação.

 

Os retornos para florestas destinadas à extração de madeira totalizaram 3,2% em 2018, o que compara com os 2,4% este ano, de acordo com um índice do Conselho Nacional de Fiduciários de Investimento Imobiliário.

 

John Kelley, executivo nacional da SAM, diz que "temas de longo prazo" vendem. O declínio da terra arável e a crescente procura global por alimentos, por exemplo, são razões para investir em terras agrícolas. "As pessoas têm que comer, e o que acreditamos sobre a natureza intrínseca desses ativos é que eles têm um valor real e persistem com o tempo", diz.


(Texto original: Wealthy Families Are Adding Forests to Their Portfolios)

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