Há anos que se fala da fusão entre a Fagricoop (Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Famalicão) e a Frutivinhos (Cooperativa Agrícola de Famalicão) como o cenário economicamente mais racional para salvar da falência as duas cooperativas do sector agrícola existentes no concelho de Famalicão.

Hoje, 27 de Janeiro, as duas cooperativas deram um passo decisivo para garantir a sua sustentabilidade, com a celebração de um protocolo que formaliza a decisão de junção da Fagricoop com a Frutivinhos, tendo como parceiros a Câmara de Famalicão e a Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave.

De acordo com o vice-presidente da autarquia famalicense, Ricardo Mendes, "a Câmara Municipal assume aqui um papel de agente facilitador desta junção, sendo que este protocolo é mais uma etapa de um percurso que se define por um conjunto de intenções", afirmou Ricardo Mendes, vice-presidente do município.

O autarca anunciou "a disponibilidade" da Câmara de Famalicão "na cedência de um terreno" para a prossecução dos objectivos da nova estrutura que sairá da união destas duas instituições.

"O terreno localizado na Quinta dos Queimados, às portas da cidade, serve os vários propósitos que estão no horizonte e reúne todas as condições necessárias à nova instituição", realçou Ricardo Mendes, manifestando a sua convicção de que "este trabalho será bem-sucedido, conveniente e eficaz, na aproximação das duas instituições e na criação de uma nova estrutura mais forte que irá apoiar a agricultura e o sector agro-alimentar a nível concelhio".

A Universidade Católica está entretanto a desenvolver um estudo de viabilidade técnica, estando previsto que ainda este ano haja uma "definição da cronologia da respectiva execução e várias acções concretas no sentido de colocar o projecto no terreno", avança a Câmara de Famalicão, em comunicado.

Para o presidente da Fagricoop, Manuel Loureiro, "com esta união todos ficamos a ganhar", apesar de ter ressalvado que este "é apenas o primeiro passo de vários passos que ainda temos que dar para atingir o objectivo final".

Já Alberto Teixeira de Carvalho, líder da Frutivinhos, mostrou-se optimista em relação ao acordo. "Estamos aqui em espírito de missão, pelo engrandecimento da componente agrícola no concelho", sublinhou.