Notícia
Como as alterações climáticas podem ameaçar o futuro das maçãs
As alterações climáticas estão a ter impacto na produção de diversos frutos, como maçãs. As primaveras mais longas e quentes estão a aumentar as pragas de insetos.
12 de Junho de 2021 às 19:00
Patrick e Sara McGuire cultivam maçãs desde que casaram, há 25 anos. Os seus 60 hectares em Ellsworth, no estado de Michigan - chamados Royal Farms - possuem uma combinação de maçãs doces e variedades amargas adequadas para produzir sidra.
Na primavera passada, plantaram uma nova colheita de Honeycrisps, uma das maçãs favoritas dos Estados Unidos, mas descobriram um visitante indesejado apenas algumas semanas depois: uma ameaça bacteriana conhecida como praga do fogo.
"Na verdade, removemos o equivalente a cerca de 10 mil dólares em árvores manualmente", disse Patrick McGuire. "Pode ter sido 25% desse lote."
O fogo bacteriano é um patógeno que se espalha facilmente durante a época de floração. Tem o potencial de matar não apenas macieiras individuais, mas pomares inteiros. Embora não seja um problema novo para os produtores de maçãs, expandiu-se já que a crise climática tem causado primaveras mais longas, mais quentes e mais chuvosas, que aumentam a janela temporal para infetar os pomares.
A doença representa uma ameaça especial para os produtores de sidra do sumo de maçã. Terry Bradshaw, professor assistente de investigação da Universidade de Vermont, disse que estão sob risco porque as variedades europeias das quais dependem são bienais, o que as torna especialmente vulneráveis à praga do fogo. "[Eles produzirão] muita fruta num ano e poucas no outro", disse Bradshaw.
Se uma colheita de maçãs para sidra for perdida para o fogo bacteriano, levará dois anos até que essas macieiras produzam novamente, disse. E, com um prazo total de 10 anos para o ciclo completo de produção de frutos, esse tipo de contratempo pode impedir que os produtores se mantenham à tona. "Há 25 anos, a praga do fogo era novidade, era rara", disse Bradshaw. "Agora, a mudança climática é um problema e a praga do fogo é um problema e toda a gente pensa nisso todos os anos."
Mas não são apenas as maçãs usadas na produção de sidra que estão em risco. Cada vez mais, todos os tipos de maçãs, bem como outras culturas de frutos, como pêras, correm o risco de tais doenças provocadas pelo clima.
Nikki Rothwell, especialista do Northwest Michigan Horticulture Research Center da Universidade Estadual de Michigan [MSU], disse que a crise climática não é apenas problemática em termos da praga do fogo, mas também porque tem gerado mais pragas de insetos a cada ano.
"Se os produtores não conseguem mitigar o risco de alguma forma, a fruticultura não é um modelo ou negócio sustentável", disse.
Na primavera passada, plantaram uma nova colheita de Honeycrisps, uma das maçãs favoritas dos Estados Unidos, mas descobriram um visitante indesejado apenas algumas semanas depois: uma ameaça bacteriana conhecida como praga do fogo.
O fogo bacteriano é um patógeno que se espalha facilmente durante a época de floração. Tem o potencial de matar não apenas macieiras individuais, mas pomares inteiros. Embora não seja um problema novo para os produtores de maçãs, expandiu-se já que a crise climática tem causado primaveras mais longas, mais quentes e mais chuvosas, que aumentam a janela temporal para infetar os pomares.
A doença representa uma ameaça especial para os produtores de sidra do sumo de maçã. Terry Bradshaw, professor assistente de investigação da Universidade de Vermont, disse que estão sob risco porque as variedades europeias das quais dependem são bienais, o que as torna especialmente vulneráveis à praga do fogo. "[Eles produzirão] muita fruta num ano e poucas no outro", disse Bradshaw.
Se uma colheita de maçãs para sidra for perdida para o fogo bacteriano, levará dois anos até que essas macieiras produzam novamente, disse. E, com um prazo total de 10 anos para o ciclo completo de produção de frutos, esse tipo de contratempo pode impedir que os produtores se mantenham à tona. "Há 25 anos, a praga do fogo era novidade, era rara", disse Bradshaw. "Agora, a mudança climática é um problema e a praga do fogo é um problema e toda a gente pensa nisso todos os anos."
Mas não são apenas as maçãs usadas na produção de sidra que estão em risco. Cada vez mais, todos os tipos de maçãs, bem como outras culturas de frutos, como pêras, correm o risco de tais doenças provocadas pelo clima.
Nikki Rothwell, especialista do Northwest Michigan Horticulture Research Center da Universidade Estadual de Michigan [MSU], disse que a crise climática não é apenas problemática em termos da praga do fogo, mas também porque tem gerado mais pragas de insetos a cada ano.
"Se os produtores não conseguem mitigar o risco de alguma forma, a fruticultura não é um modelo ou negócio sustentável", disse.