Notícia
Salários declarados à Segurança Social sobem 2,3%
A receita de contribuições aumentou 7,6% no ano passado, devido ao crescimento do emprego e das remunerações. Na contratação coletiva terão subido 3,3%
As remunerações base declaradas à Segurança Social estavam a crescer 2,3% em novembro, em termos homólogos, o que aponta para uma variação real de 1,3%, de acordo com os dados apresentados esta quarta-feira pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, no Parlamento.
A remuneração média mensal nesta base de dados, que reflete essencialmente a situação no setor privado (abrangendo também parte das empresas públicas e os funcionários públicos contratados de 2016 para cá) é de 934 euros.
Em Junho, segundo dados então revelados, os salários estavam a subir 2%.
Na comissão de Trabalho e Segurança Social, onde está a ser ouvido, o ministro apresentou ainda dados provisórios sobre a contratação coletiva, que apontam para um crescimento de 3,3% das remunerações convencionais, ou seja, das remunerações mínimas fixadas para cada ocupação e categoria.
Neste cenário, as contribuições aumentaram 7,6% em 2018, num acréscimo de cerca de 1,2 mil milhões de euros, essencialmente explicado pelo aumento do emprego (729 milhões de euros), de remunerações (404 milhões de euros) e de "eficiência" (59 milhões), o que poderá estar relacionado com a cobrança de dívidas em atraso.
O Governo ainda não apresentou dados sobre a evolução do número de abrangidos pelo salário mínimo nacional depois da última subida, de Janeiro, para os 600 euros, mas garante que ao longo do ano de 2018 o peso do número de abrangidos pelos 580 euros foi diminuindo progressivamente, de cerca de 23% para cerca de 20%.
Dados de abril indicam que houve uma variação de 4,3% para 2,2 milhões de trabalhadores, com a remunerações a crescerem mais para quem mudou de emprego (8,6%) do que para quem ficou no mesmo posto de trabalho (3,8%)