Rui Fiolhais será o novo presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), depois de o Governo ter demitido, na semana passada, a equipa escolhida pelo anterior executivo.

Licenciado em Direito, foi gestor do Programa Operacional Potencial Humano (POPH, entre 2007 e 2012), vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (entre 2005 e 2007) e chefe de gabinete do ministro do Trabalho, Vieira da Silva, em 2005. Actualmente, tinha funções de gestão no grupo  de consultoria CH.

Gabriel Rodrigues Bastos, apresentado pelo Governo como quadro superior da Direcção-geral da Segurança Social, será o vice-presidente.

A economista Noémia Silva Goulart,  técnica do Instituto Nacional de Estatística, era agora coordenadora técnica no Conselho de Finanças Públicas. Foi assessora do secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, até 2009, vogal do IGFSS, e será vogal do conselho directivo do ISS.

Também Sofia Borges Pereira, que era técnica superior no Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, e que foi em Janeiro deste ano nomeada técnica especialista do gabinete da secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, será vogal do ISS.

"Todas as pessoas que fomos convidar têm forte currículo na área da Segurança Social e asseguram-me a mim e à minha equipa uma condução das políticas de acordo com as nossas orientações. Foram escolhidas por isso mesmo: por serem pessoas que asseguram uma clara qualidade do ponto de vista técnico e político", justifica Vieira da Silva.

Depois de ter substituído a direcção do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) no início do ano, e a do Instituto de Informática em Fevereiro, o Governo decidiu na semana passada cessar as comissões de serviço dos dirigentes de topo do ISS. A anterior equipa, composta por dirigentes que passaram pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap), escolhidos em 2015 por Mota Soares para uma comissão de serviço de cinco anos, era liderada por Ana Clara Birrento, que foi desde 2011 directora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social e que foi candidata às eleições europeias pelo CDS-PP.

Os dirigentes que têm sido escolhidos pelo governo ficam em regime de substituição. Será lançado um concurso? "Naturalmente, se não houver nenhuma alteração às regras", responde Vieira da Silva.  Mas "não prevejo que haja nenhuma alteração que ponha em causa a existência desses concursos", acrescenta.