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Raríssimas: Vieira da Silva garante que nem beneficiou, nem favoreceu, nem foi negligente

O ministro da Segurança Social está no Parlamento a dar explicações sobre a polémica em torno de eventuais irregularidades na associação Raríssimas. Vieira da Silva garante que não beneficiou, nem foi negligente no tratamento das denúncias.

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18 de Dezembro de 2017 às 16:20
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O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, garantiu esta segunda-feira no Parlamento que não retirou qualquer benefício da Raríssimas, por ter pertencido aos órgão sociais, não favoreceu a associação e não foi negligente no tratamento das denúncias feitas junto das autoridades.

"Não retirei qualquer benefício pessoal ou material da minha participação nesse órgão", disse Vieira da Silva, que antes de tomar posse como ministro da Segurança Social a 26 de Novembro de 2015, foi vice-presidente da Assembleia-Geral da Raríssimas, que se dedica a apoiar pessoas com doenças raras. Vieira da Silva frisou que não teve qualquer benefício "directo ou indirecto", uma participação que aconteceu "obviamente a título gracioso e como compromisso cívico". 

O ministro deixou ainda outra ideia na sua intervenção inicial perante os deputados da comissão parlamentar que acompanha as matérias de Segurança Social. "Não houve qualquer favorecimento a esta associação no modo como este ministério se relacionou em diferentes momentos. A Raríssimas não foi alvo de nenhum favorecimento especial". 

Vieira da Silva acrescentou não considerar que "tenha havido qualquer negligência da minha parte no tratamento de eventuais denúncias que tenham chegado ao mesmo gabinete". Quanto à incúria nas denúncias, o ministro da Segurança Social explicou que as denúncias que chegaram ao seu ministério - ainda antes da reportagem da TVI que foi transmitida a 8 de Dezembro - não apontavam para gestão danosa. 

O ministro afirmou que o ofício que chegou ao ministério referia-se apenas a uma queixa por parte do tesoureiro da instituição Jorge Nunes, que refere que o seu nome continuava a constar no portal das Finanças como tesoureiro, o que já não era verdade. 

"Nenhum desses factos que foram elencados na reportagem [da TVI] é sequer aludido na denúncia que é feita ao meu gabinete", disse, acrescentando, porém, que "este ofício não caiu em nenhum saco roto", já que o Instituto da Segurança Social abriu um processo de fiscalização a 31 de Julho. 

O ministro esclareceu ainda que o "conselho" que deu a Paula Brito e Cunha, a ex-presidente da Raríssimas, numa reunião mantida no Ministério a 22 de Junho - a pedido da mesma - e perante a referência a uma "eventual suspeita de desvio de recolha de donativos numa secção da Raríssimas", de se dirigir ao Ministério Público foi por considerar que era a forma mais eficaz de avaliar o que se passava. O Instituto de Segurança Social só pode actuar na "prevenção", acrescentou. 

Nas perguntas que fez ao ministro da Segurança Social, o PSD considerou que, tendo em conta o lugar que Vieira da Silva ocupa agora e o que ocupava antes na Raríssimas, o obrigava a mais cautela na gestão do processo. Clara Marques Guedes usou mesmo a frase "À mulher de César não basta ser. Tem de parecer". 

Tiago Barbosa Ribeiro, o deputado socialista a quem coube colocar questões ao ministro, acusou o PSD de estar a fazer um aproveitamento político desta situação e invocou o percurso público de Vieira da Silva para defender o ministro. 

"Entrei e saí da instituição com a mesma imagem da instituição. De que ela era credível", garantiu Vieira da Silva. Nunca nenhuma família apresentou uma queixa sobre aquela instituição.    
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