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Raríssimas: braço-direito de Paula Brito e Costa arruinou Sociedade de Esclerose Múltipla

A actual coordenadora jurídica da Raríssimas, o “braço-direito” da ex-presidente Paula Brito e que tem sido a porta-voz dos trabalhadores da instituição, foi anteriormente afastada compulsivamente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, onde deixou um prejuízo de 144 mil euros.

Manuela Duarte Neves, foi secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla antes de ser compulsivamente afastada e assumir o cargo de coordenadora jurídica da Raríssimas. Rui Minderico/Lusa
16 de Dezembro de 2017 às 16:48
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Com a demissão da presidente da Raríssimas, que apoia pessoas com doenças mentais e raras, Paula Brito Costa, sobre a qual recaem suspeitas de gestão danosa, o acesso às contas bancárias está para já bloqueado, alertou, na passada quarta-feira, Manuela Duarte Neves, coordenadora jurídica da instituição.  

 

"A preocupação mais imediata é a necessidade de haver dinheiro para comprar bens como medicação e alimentação para o funcionamento da casa", disse à Lusa, falando em nome dos trabalhadores.

 

Acontece que, de acordo com o "Jornal de Notícias" deste sábado, Manuela Duarte Neves, que era o "braço-direito" de Paula Brito e Costa na Raríssimas, chegou a esta instituição vinda da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), onde foi secretária-geral até 2015 e terá deixado um prejuízo de 144 mil euros.

 

Segundo o mesmo diário, a advogada só foi afastada compulsivamente da liderança da instituição quando a actual direcção conseguiu extinguir o seu cargo, em resultado da denúncia da então directora financeira da SPEM, Susana Protásio, que descreveu nas actas das reuniões da direcção de então o "comportamento despesista" de Manuela Duarte Neves, que terá deixado a "zeros a almofada financeira" da SPEM.

 

Entre os actos de descritos por Susana Protásio incluem-se o pedido à farmacêutica Merck para pagamento de um doutoramento a uma amiga actriz, avenças à empresa de advogados da qual era colaboradora, a contratação de uma secretária ou pedidos de apoio mal formulados.

Além disso, Manuela Duarte Neves recebia de forma igual mais de dois mil euros mensais. De acordo com os recibos de vencimento a que o JN garante que teve acesso, a então secretária-geral da SPEM auferia 2.232 euros, longe dos 1.300 euros aprovados na reunião de direcção.

 

"Achei estranho ela sair da SPEM com um processo destes, ir para a Raríssimas, e a Paula [Brito e Costa] nunca ter ligado para a SPEM, até porque tínhamos o mesmo contabilista", insurgiu-se Susana Protásio, contra a qual Manuela Duarte Neves moveu um processo por difamação, que acabou arquivado, afiança o JN.

 

Ainda em declarações ao jornal, Manuela Duarte Neves, que foi adjunta do Governo PSD/CDS, entre 2002 e 2004, nega as acusações e diz-se "chocada com a cabala imoral" de que é alvo. E contra-ataca: "A SPEM ficou a dever-me milhares de euros em viagens de avião e em portagens", alegando que, "antes de receber salário", trabalhou "pro bono".

 

"Essa senhora [Susana Protásio] boicotou a minha gestão e as reuniões de direcção, onde avisei que a saúde financeira da SPEM não estava em grande", respondeu a actual coordenadora jurídica da Raríssimas. 

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