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PCP questiona sobre “despedimento de cerca de 100 trabalhadores” na Segurança Social
Em causa estarão trabalhadores temporários do ISS, que de acordo com o PCP se somam a outros cem que irão ficar sem emprego, num total 200. PS anunciou reforço de 350 pessoas, mas haverá mais de 600 que se vão reformar.
O PCP divulgou uma pergunta que fez ao Governo sobre o "despedimento de cerca de 100 trabalhadores" do edifício sede do Instituto da Segurança Social, que tem estado sob enorme pressão por causa da resposta à pandemia.
No comunicado enviado à imprensa, o PCP afirma que "tomou conhecimento, através de ofício do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, do despedimento de cerca de 100 trabalhadores do Edifício Sede do Instituto de Segurança Social, I.P".
"Segundo a informação contida no ofício recebido pelo Grupo Parlamentar do PCP, os trabalhadores em questão integram nas mesmas equipas dos trabalhadores vinculados ao Instituto de Segurança Social, I.P. e executam as mesmas tarefas, mas são contratados através de empresas de trabalho temporário".
"Acresce que, além dos 100 trabalhadores que já receberam a comunicação da cessação do seu contrato, estima-se que serão cerca de 200 trabalhadores, a nível nacional, a ser despedidos e a ficar em situação de desemprego".
Defendendo a vinculação destes trabalhadores, o PCP lembra que o Governo tem dito que iria contratar mais. Numa pergunta enviada ao executivo, pergunta se a ministra confirma o despedimento de 200 trabalhadores e como é que isso se compatibiliza com as declarações relativas à intenção de reforçar o pessoal. O Negócios também questionou o Governo e o ISS sobre o assunto e aguarda resposta.
Mais de 600 reformam-se em breve, enquanto o PS promete reforço de 350
Na sexta-feira passada, o PS apresentou uma proposta que prevê concursos para admitir 350 pessoas.
No entanto, também esta quinta-feira, a Fesap revelou que há mais de 600 trabalhadores que chegam à idade da reforma nos próximos dois anos.
O ISS tem cerca de 8 mil funcionários, e de acordo com a federação da UGT 3.400 estão teletrabalho.
Nos últimos meses, o ISS tem estado sob forte pressão para responder a cidadãos e empresas, sendo inúmeras as denúncias de atrasos no pagamento de novas prestações e ilegais os erros que afetam, por exemplo, a carreira contributiva de milhares trabalhadores que tiveram cortes salariais em lay-off.