As crianças mais pobres em Portugal têm cerca de 40% do rendimento médio das crianças no país, o que coloca o país no último terço da tabela de 43 países da UE e da OCDE analisados pela Unicef no estudo "Equidade para as crianças: uma tabela classificativa das desigualdades no bem-estar das crianças nos países ricos", cujos resultados são avançados pelo público.

Para calcular o bem-estar das crianças a Unicef criou um indicador geral a partir de quatro sub-índices que reflectem o rendimento disponível, o desempenho escolar, os problemas de saúde percepcionados pelos jovens e a satisfação com a vida nos vários países. No indicador geral Portugal ocupa a 19ª posição, num ranking liderado pela Dinamarca, Finlândia e Noruega.

A pior pontuação nacional é registada na desigualdade de rendimentos: 33º posição entre os 43 países analisados. "Em Espanha, na Grécia, Itália e Portugal, bem como em Israel, no Japão e México, a diferença de rendimentos entre as crianças mais pobres e as do meio da distribuição é superior a 60%. Isto significa que as mais pobres dispõem de menos de 40% dos rendimentos da média", cita o Público a partir do estudo da Unicef.

O melhor resultado é registado na percepção dos jovens sobre a sua saúde, com Portugal a ocupar a 7ª posição. Na educação e na satisfação com a vida o país ocupa, respectivamente, os 19º e 18º lugares.