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Costa tentou alternativas à TSU. Jerónimo de Sousa tem plano B

O primeiro-ministro e o secretário-geral comunista admitem ter alternativas à redução da TSU para patrões que deverá ser chumbada no Parlamento. No entanto, podem não ter o apoio do patronato.

Miguel Baltazar
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António Costa reconheceu esta terça-feira no debate quinzenal que foram pensadas outras soluções na concertação social em vez da redução da Taxa Social Única (TSU), mas que não foram aceites. As declarações do primeiro-ministro aconteceram no mesmo debate em que o PCP formalizou o pedido de apreciação parlamentar para revogar a redução da TSU, onde os comunistas deixam também um plano B para o Governo.

Em resposta à líder do Bloco de Esquerda, o primeiro-ministro defendeu que o acordo alcançado em Dezembro na concertação social é "bom" para o Estado e explicou que foi o acordo possível de obter com patrões e UGT.

Costa começou por contextualizar o motivo pelo qual o acordo prevê uma redução da TSU. O aumento do salário mínimo é "sempre superior ao da inflação e produtividade", disse, revelando depois que foram testadas outras hipóteses de compensação para os patrões que não foram aceites. "Procurámos outras soluções", afirmou, acrescentando que uma delas passaria por "alisar o esforço" do aumento do salário mínimo (que este ano é maior do que o previsto para os anos seguintes) ou "outras compensações", que não quis precisar.

O primeiro-ministro sinalizou que, no entanto, estas soluções não tiveram sucesso e foi a redução da TSU para os patrões que permitiu o acordo com patrões e UGT.

O Governo tem recusado falar de um plano B que permita substituir a descida da TSU para os patrões. No entanto, o Expresso adiantou na segunda-feira que o Presidente da República conta com António Costa para encontrar uma alternativa perante um chumbo da TSU no Parlamento.

Quem já deixou uma alternativa foi o PCP. No pedido de apreciação parlamentar entregue esta terça-feira no Parlamento, e anunciado por Jerónimo de Sousa, durante o debate quinzenal, os comunistas avançam com um plano B. "O PCP rejeita em absoluto este caminho, apresentando em alternativa, a necessidade de diversificação das fontes de financiamento da segurança social, designadamente através do contributo das empresas com lucros significativos e um número reduzido de trabalhadores", lê-se no pedido de apreciação para revogar a redução da TSU.

Esta é a alternativa dos comunistas à medida de diminuição dos descontos das empresas, que é apresentada no decreto-lei publicado esta terça-feira como uma "medida excepcional de apoio ao emprego". No entanto, esta medida não se traduz num alívio para as contas das empresas e, por isso, deveria contar com a oposição dos patrões.
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