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Sobe para 132 número de mortos por coronavírus na China

São já perto de 6.000 os casos confirmados mundialmente. Marcelo Rebelo de Sousa diz estar a acompanhar a situação.

Reuters
29 de Janeiro de 2020 às 00:20
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Subiu para 132 o número de mortos devido ao novo coronavírus com origem na China, refere a Bloomberg citando os mais recentes dados da Comissão Nacional de Saúde daquele país. Na província chinesa de Hubei foram confirmados mais 840 doentes infetados.

Os casos confirmados em todo o mundo ascendem a 5.974 - sendo que mais de 5.400 foram identificados na China -, o que já supera os 5.327 casos reportados oficialmente aquando da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de há 17 anos.

 

As autoridades de Pequim confirmaram a primeira morte na capital chinesa de uma pessoa infetada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), um homem de 50 anos que esteve na cidade de Wuhan, em 8 de janeiro.

Um primeiro caso confirmado na Alemanha de contaminação com este vírus foi registado esta segunda-feira, o segundo país afetado da Europa depois de França.

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

 

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar a acompanhar a situação

 

O Presidente da República afirmou esta terça-feira estar a acompanhar a situação relacionada com o novo coronavírus e adiantou que, até agora, a comunidade portuguesa na China "ainda não foi atingida" e, em Portugal, "não há nenhum caso" provado de contaminação.

"O Governo tem acompanhado isto a par e passo, dia a dia. Eu tenho acompanhado porque me é comunicado aquilo que se passa e, felizmente, há todas as condições, até agora, para podermos dizer que a nossa comunidade lá não foi atingida e que cá ainda não há nenhum caso que possa ser considerado como provado de contaminação", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que falava em Sabrosa, distrito de Vila Real, após a apresentação do livro "Cartas a Miguel Torga".

O chefe de Estado referiu que já está também "tudo preparado para o seu acolhimento cá, em condições de saúde consideradas as adequadas".

"O Governo tem acompanhado atentamente esta matéria, aliás apoiado no embaixador de Portugal na República Popular da China, e já teve ocasião de dizer o que está a preparar para repatriar para Portugal aqueles que queiram vir, naquelas áreas ou regiões que são, porventura, as mais complicadas e onde o problema se coloca com maior gravidade", frisou, citado pela Lusa.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre o processo de repatriamento mais avançado por parte de outros países e na resposta declarou que "são situações diferentes".

"Há países que têm centenas de cidadãos e que, portanto, puderam recorrer a uma solução que englobava todos eles. A comunidade portuguesa é muito pequena e, portanto, isto obriga a encontrar soluções de conjunto. E o Governo tem estado a encontrar soluções de conjunto que permitam, o mais rapidamente possível, trazer aqueles que queiram vir", salientou.

A União Europeia vai enviar dois aviões, entre quarta e sexta-feira, à região chinesa de Wuhan para repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitem, independentemente da nacionalidade.

Questionado sobre se os portugueses poderão vir no segundo avião, o Presidente da República disse que o Governo é que "terá de informar".

Investidores atentos

A preocupação suscitada pelo coronavírus tem levado os investidores a preferirem refugiar-se em ativos seguros, como a dívida, o ouro, as obrigações norte-americanas e algumas moedas (caso do iene e franco suíço).

Esta terça-feira o otimismo regressou aos mercados accionistas - mas será duradouro? A animar os investidores nesta sessão esteve a convicção de que os esforços envidados a nível global para conter o vírus mortal com origem na China irão impedir uma contração económica significativa.

 

Os receios em torno desta Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo referido coronavírus penalizaram fortemente as praças bolsistas de todo o mundo nas últimas sessões – desde 20 de janeiro, as bolsas mundiais perderam 1,5 biliões de dólares de valor.

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