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Privados garantem recorde de cirurgias pagas pelo SNS

O número de doentes operados em hospitais públicos baixou em 2018, mas as intervenções contratadas às unidades privadas e do setor social asseguraram um novo máximo histórico. A lista de inscritos no final do ano chegava às 244 mil pessoas.

Paulo Duarte/Negócios
02 de Setembro de 2019 às 09:56
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Em 2018, o Serviço Nacional de Saúde assegurou a realização de quase 600 mil cirurgias programadas, o número mais elevado de sempre, mas mais de 65 mil destas intervenções foram feitas em unidades privadas ou sociais, com quem o Estado tem protocolos ou convenções.

 

De acordo com o relatório anual sobre o acesso a cuidados de saúde, citado esta segunda-feira, 2 de setembro, pelo JN e pelo Público, foi mesmo a primeira vez, desde 2010, que baixou o número de doentes operados nos hospitais públicos: foram menos 4.787 do que no ano anterior, para um total de 529.758 pessoas.

 

No final de 2018, a lista de espera para a chamada ao bloco operatório ascendia a 244 mil inscritos, sendo que nunca os doentes esperaram tanto para serem operados. Em média, o tempo de espera atingiu os 3,3 meses e os tempos máximos de resposta garantidos foram ultrapassados em 30% das cirurgias.

 

Sempre que é ultrapassado este prazo máximo são emitidos automaticamente os chamados vales-cirurgia – que encaminham os doentes para o privado – ou notas de transferência, em que seguem para outras unidades da rede pública. Em 2018, a emissão destes instrumentos ultrapassou os 250 mil, um máximo histórico após disparar 96% em termos homólogos.

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