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Presidente da ANF: Regime de comparticipação de medicamentos devia ser revisto
Paulo Duarte é da opinião de que o actual modelo não é gerível e que o Estado devia comparticipar em função do perfil de cada doente.
O regime de comparticipação dos medicamentos devia ser revisto em função do perfil do doente. Quem o diz é o presidente da Associação nacional de Farmácias (ANF).
Em entrevista ao Negócios/Antena 1, Paulo Duarte garante que cada vez mais países estão a caminhar no sentido de comparticipar não os medicamentos em si mas as pessoas e o seu perfil terapêutico.
"Se eu por acaso for um doente hipertenso e diabético, os medicamentos para as diabetes são comparticipados a 90% ou 100%, os para a pressão arterial são a 60%. Porquê? Porque são medicamentos diferentes mas como doente tenho de consumir os dois", explica.
O responsável da ANF recorda que o actual modelo foi desenhado em 1989 e que desde então já foram criados "no mínimo 50 regimes especiais de comparticipação diferentes e de várias combinações".
"O sistema assim não é gerível e também não responsabiliza as pessoas", defende.