Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Patrões da saúde pressionam OE suplementar para atacar “subfinanciamento do SNS”

O Conselho Estratégico da Saúde da CIP, que representa 4.500 empresas, denuncia o aumento da dívida aos fornecedores e quer corrigir um Orçamento do Estado que “não previa uma situação sanitária tão grave” em 2021.

Os especialistas que participaram na reunião do Infarmed continuam preocupados com a pressão sobre o SNS.
Alexandre Azevedo
29 de Março de 2021 às 14:53
  • ...

O Conselho Estratégico Nacional da Saúde da CIP – Confederação Empresarial de Portugal considera que o subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a "colocar em causa a sua resiliência e sustentabilidade" e lembra que "o problema é particularmente agudo num contexto de luta contra a pandemia e quando se sabe que os pressupostos de elaboração do Orçamento do Estado para 2021 não previam uma situação sanitária tão grave este ano".

 

"Nestas circunstâncias, apela-se à apresentação de um Orçamento Suplementar para 2021 onde estejam devidamente contempladas as reais necessidades correntes do SNS e um plano para recuperar a atividade assistencial e reduzir as listas de espera, que se têm acumulado e penalizam gravemente o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde", reclama este organismo, que junta seis associações do setor.

 

Numa nota enviada às redações, o CENS/CIP, que representa mais de 4.500 empresas a operar em Portugal, num total de 100 mil empregos e uma faturação anual superior a 10 mil milhões de euros, frisa que a execução orçamental nos dois primeiros meses de 2021 "levanta sérias preocupações sobre o financiamento do SNS", que em termos agregados registou até fevereiro um défice de 62,9 milhões de euros, com a despesa a aumentar 11,3% e a receita a ter um "acréscimo marginal" de 1,2%.

 

"Conclui-se que há um subfinanciamento do SNS. As transferências orçamentais para o SNS não cobrem as necessidades decorrentes da situação pandémica e estão mesmo abaixo do orçamentado", contabiliza o conselho estratégico da CIP para a área da saúde, denunciando também um aumento de 38,5 milhões de euros dos pagamentos em atraso (dívidas por pagar há mais de 90 dias) em fevereiro.
Ver comentários
Saber mais saúde Orçamento do Estado CIP empresas fornecedores dívidas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio