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Passos Coelho acusa Governo de deixar Serviço Nacional de Saúde "à míngua"

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou o Governo de deixar "à míngua" os serviços de saúde e alertou os portugueses de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não aguentará mais quatro anos de subfinanciamento.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
13 de Setembro de 2017 às 23:44
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"Não vemos como é que é possível manter o Serviço Nacional de Saúde assim nos próximos quatro anos", afirmou Pedro Passos Coelho esta quarta-feira, alertando que se "se mantiver uma lógica de usar a margem de manobra para fazer política populista e demagógica e depois deixar os serviços à míngua", a deterioração da qualidade "será muito grave".

 

O aumento da "dívida" e a "queda significativa" da despesa capital na área da saúde são alguns dos factores apontados pelo presidente do PSD como causas da degradação do SNS, sector em que, afirmou, "se contarmos os aumentos de salários, ficou menos para gastar na saúde do que no ano anterior".

 

Por isso, acrescentou: "as unidades de saúdes não sabem para onde se hão-de virar" e alertou que só "aqueles que têm seguros ou outros esquemas de saúde poderão aceder a respostas mais qualificadas". Já os que que não tiverem, "ficarão com uma oferta pública de pior qualidade", afirmou, sublinhando: "tudo perpetrado por um Governo que se diz de esquerda e de consciência social".

 

Em Rio Maior, onde hoje jantou com sociais-democratas do distrito de Santarém, candidatos às eleições autárquicas de 1 de Outubro, Passos Coelho não poupou críticas "à geringonça" e às "políticas nacionais" que influenciam o desenvolvimento das autarquias.

 

"A política nacional conta, mas a política local também conta", disse Passos Coelho, para acusar "muitos autarcas da CDU" e também "do PS quando o PS não está no Governo", de desculpabilizarem "tudo o que corra mal" com o argumento de que o Governo não fez".

 

Com uma solução de Governo a contar com o apoio do PCP e dos Verdes, "bem pode agora o secretário- geral do PCP [Jerónimo de Sousa] vir dizer que não lhe parece que a actual solução política seja patriótica e de esquerda" e que a solução "dificilmente se repetirá". "Bem pode dizer isso em véspera de eleições autárquicas", vincou, acrescentando não saber "como é que se vão desculpar agora nos seus concelhos por alguma coisa estar a correr mal", depois de terem "suportado o Governo".

 

O estado da justiça e da educação estiveram também no rol da críticas do presidente do partido "à geringonça, a que o PSD quer fazer frente, tentando "recuperar o primeiro lugar" em termos de autarquias do PSD.

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