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OMS pede 614 milhões para travar coronavírus

A Organização Mundial da Saúde quer criar fundo para reforçar apoio a países mais vulneráveis ao surto de pneumonia.

EPA
05 de Fevereiro de 2020 às 22:01
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou à criação de um fundo de 675 milhões de dólares (613 milhões de euros) para combater a epidemia causada pelo novo coronavírus nos próximos três meses.

“Estamos a pedir 675 milhões de dólares para financiar o plano para nos próximos três meses, dos quais 60 milhões destinam-se a financiar as operações da OMS e o restante é para países que estão particularmente em risco”, apelou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, em conferência de imprensa.

Tedros Gebreyesus admitiu que “675 milhões de dólares é muito dinheiro, mas é muito menos do que a conta que se terá de pagar se não se investir agora”.

O mesmo responsável também anunciou que a agência especializada das Nações Unidas enviaria primeiro equipamentos de proteção para 24 países, incluindo 500 mil máscaras e 350 mil pares de luvas e que 250 mil testes serão enviados para mais de 70 laboratórios em todo o mundo. Uma missão internacional de especialistas também se deslocará para a China “muito em breve”, adiantou.

Medidas e restrições de contenção foram estendidas hoje em toda a China e no exterior para conter a epidemia de coronavírus que já matou quase 500 pessoas. No final de janeiro, a OMS elevou a epidemia à categoria de “emergência de saúde pública de interesse internacional”.

Até ao momento, a OMS usou esse termo apenas em casos raros de epidemias que exigem uma resposta global vigorosa, incluindo a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus Zika em 2016 e a febre Ébola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e a República Democrática do Congo desde 2018.

A China elevou hoje para 490 mortos e mais de 24.300 infetados o balanço do surto de pneumonia.

 

Comércio chinês preocupado

O presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, convidou hoje a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira, para visitar as lojas e restaurantes da comunidade. Y Ping Chow anunciou o convite em declarações à agência Lusa após um breve encontro com duas adjuntas da governante, nas instalações da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa e referiu que aguarda a marcação de uma data na próxima semana. Questionado sobre a aceitação do convite, afirmou: “Pelo menos não declinaram”. O objetivo é “acalmar um pouco” os receios de contacto com a comunidade chinesa, devido ao surto do novo coronavírus que eclodiu na China. O representante da comunidade chinesa em Portugal pediu também ajuda às autoridades portuguesa no envio de máscaras e outro material de proteção para a China, uma vez que está com dificuldades em encontrar fornecedores: “Precisamos de mais máscaras”. 

 

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