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Marta Temido na lista das “marcas mais relevantes” na pandemia
O que faz a ministra da Saúde no meio da Colgate ou da Super Bock? A mais popular do Governo destaca-se também num estudo de reputação e relação emocional com os portugueses na era covid. Conheça as marcas com melhores resultados em 23 categorias.
Marta Temido surge referenciada num índice de reputação e relação emocional com os cidadãos portugueses como uma das "marcas mais relevantes" e que registou um dos maiores crescimentos nos primeiros seis meses da pandemia de covid-19, entre 1 de março e 31 de agosto.
No âmbito do estudo anual RepScore, que avalia os atributos associados à notoriedade, admiração, relevância, confiança, preferência e recomendação, a ministra da Saúde cresce 12,4 pontos neste período, a par da EDP Renováveis e só abaixo da evolução registada pela plataforma de vídeoconferência Zoom (15,4 pts), que quadruplicou as receitas no segundo trimestre e é a empresa no Nasdaq 100 com a maior valorização anual (560%).
Enquadrada neste exercício na categoria de "celebridades e personalidades", que é liderada pelo futebolista Cristiano Ronaldo, Marta Temido tem sido uma das figuras em maior destaque na gestão da crise do novo coronavírus em Portugal – a par da diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, ou do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, os outros protagonistas quase diários.
Na última sondagem da Intercampus para o Negócios e CM, divulgada em agosto já após a saída de Mário Centeno para o Banco de Portugal, a governante surge destacada como a melhor ministra do atual Governo, a larga distância do segundo preferido dos portugueses, Pedro Siza Vieira (Economia). E a popularidade está a crescer: em junho era a melhor para 18% dos inquiridos, em julho já eram 20,2% e em agosto essa percentagem subiu para 21,5%.
Google domina "novo normal"
De acordo com o ranking que acaba de ser publicado pela consultora OnStrategy, a tecnológica Google é a marca com a melhor reputação e relação emocional junto dos portugueses ao final dos primeiros seis meses de pandemia, com uma pontuação de 83,3 numa escala de 100 pontos. Acima dos 80 pontos surgem também a Lego e a Nestlé, além do futebolista português que atua na Juventus.
Pedro Tavares, sócio e CEO da OnStrategy, sublinha que os dados apurados no país comprovam que "existe resiliência na relação das marcas com o público e, apesar de ganhos e perdas mais ou menos significativos, o conjunto das mais de duas mil marcas auditadas regista um crescimento de dois pontos durante os seis meses do período de pandemia".
"Face ao novo normal – e porque se tratam de indústrias com marcas fortes que tendem a ganhar em períodos de crise –, não é de estranhar o fortalecimento na relação dos cidadãos com setores como crédito ao consumo (11 pts), tecnologia (4 pts), saúde e bem-estar (4 pts), alimentação e bebidas (4 pts), multimédia e telecomunicações (3pts), sistemas de pagamento (3 pts) e farmacêuticas (3 pts)", particularizou o líder da empresa que elabora o ranking anual das marcas portuguesas mais valiosas.
Em julho, esta consultora lisboeta fundada em 2009 aliou-se à agência de "research" Multidados para lançar uma plataforma gratuita de "apoio direto e personalizado" a microempresas afetadas pela pandemia de covid-19, com faturação até dois milhões de euros e menos de dez trabalhadores.
Marcas com melhor reputação e maior crescimento no índice, por indústrias:
Banca: Santander com melhor índice (64 pts) e Banco CTT com maior crescimento (3,7 pts).
Sistemas de pagamento: Multibanco com melhor índice (75,6 pts) e MB Way com maior crescimento (3,5 pts).
Seguros: Fidelidade com melhor índice (63,5 pts) e Ocidental com maior crescimento (7,8 pts).
Crédito ao Consumo: Cetelem com melhor índice (54,9 pts) e Credibom com maior crescimento (10,9 pts).
Energia: Galp com melhor índice (74,4 pts) e EDP Renováveis com maior crescimento (12,5 pts).
Tecnologia: Google com melhor índice (83,3 pts) e Zoom com maior crescimento (15,4 pts).
Multimédia: Rádio Comercial com melhor índice (74,5 pts) e SIC com maior crescimento (6,8 pts).
Telecomunicações: Vodafone com melhor índice (72,9 pts) e Meo com maior crescimento (4,8 pts).
Retalho: Continente com melhor índice (78,3 pts) e Lidl com maior crescimento (2,1 pts).
Alimentação e bebidas: Nestlé com melhor índice (81,4 pts) e Super Bock com maior crescimento (5,3 pts).
Higiene pessoal e do lar: L’Oreal com melhor índice (77,8 pts) e Colgate com maior crescimento (0,6 pts).
Farmacêuticas: Bayer com melhor índice (68,5 pts) e Pfizer com maior crescimento (3,2 pts).
Saúde e bem-estar: CUF com melhor índice (72,7 pts) e Hospital Lusíadas com maior crescimento (5,8 pts).
Viagens e lazer: Pestana com melhor índice (75,7 pts) e Pousadas de Portugal com maior crescimento (4,2 pts).
Linhas aéreas: Emirates com melhor índice (70,7 pts) e também com maior crescimento (0,5 pts).
Mobilidade: Via Verde com melhor índice (72,5 pts) e Carris com maior crescimento (0,9 pts).
Automóveis: Mercedes com melhor índice (76,8 pts) e Peugeot com maior crescimento (5,5 pts).
Produtos Industriais: Vista Alegre com melhor índice (76,4 pts) e Revigrés com maior crescimento (1,2 pts).
Serviços profissionais: ACP com melhor índice (73,8 pts) e CTT com maior crescimento (0,1 pts).
Jogos e apostas: Santa Casa com melhor índice (76,1 pts) e também com maior crescimento (6,1 pts).
Desporto: Federação Portuguesa de Futebol com melhor índice (75,3 pts) e também com maior crescimento (3,6 pts).
Jogos e entretenimento: Lego com melhor índice (81,6 pts) e PlayStation com maior crescimento (1,8 pts).
Celebridades e personalidades: Cristiano Ronaldo com melhor índice (81,4 pts) e Marta Temido com maior crescimento (12,4 pts).