Notícia
Marta Temido: "As mudanças na Saúde demoram tempo"
A ministra da Saúde admite que ainda "há um caminho a fazer" mas garante que os futuros Relatórios da Primavera "irão demonstrar que se iniciou um caminho que levará a ganhos em saúde".
"As mudanças demoram tempo mas os futuros relatórios irão demonstrar que se iniciou um caminho que levará a ganhos em saúde". Foi desta forma que a ministra da Saúde reagiu esta quinta-feira ao Relatório da Primavera de 2019 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), e que concluiu que a última legislatura foi "tempo perdido" em relação às reformas que eram necessárias fazer.
Falando na sessão de encerramento da cerimónia de divulgação do relatório anual, que contou com a presença de vários ex-ministros da Saúde, como Adalberto Campos Fernandes, Maria de Belém, Ana Jorge e Correia de Campos, Marta Temido começou por recordar que "durante anos" assistiu à apresentação do relatório da Primavera como administrdora hospitalar e como cidadã e que depois colaborou na sua elaboração como revisora e co-autora.
"Hoje, o papel que aqui assumo é distinto; hoje, integro o grupo dos observados, dos escrutinados, o que encaro como uma oportunidade de aprendizagem e melhoria", acrescentou.
A titular da pasta da Saúde defendeu que a publicação deste relatório "relembra-nos que o escrutínio independente das políticas de saude é fundamental a um sistema democrático e, sobretudo, mais efetivo".
Centrando-se depois nas conclusões em concreto do documento, Marta Temido admitiu "que apesar de todo o investimento da sociedade portuguesa no Serviço Nacional de Saúde e que nos permitiu ganhos inquestionáveis, Portugal é, ainda na área da saúde, um país com desigualdades com que não nos conformamos".
Depois de enunciar algumas das apostas do Ministério, a ministra considerou que as prioridades "na ação governativa de hoje e na de curto e médo prazo" estão "em linha com os quatro aspetos centrais" do relatório.
Em primeiro lugar, os cuidados saúde primários, depois o HIV-SIDA, na saúde mental e, por último, o combate "a um dos principais entraves à cobertura universal em saúde e causa de desigualdades que são os pagamentos diretos".
"A isenção de taxas moderadoras, os regimes de comparticipação de medicamentos, o financiamento de ajudas técnicas e o cheque-dentista, têm constituído algumas das fórmulas utilizadas para fazer progredir este objetivo", disse, admitindo, contudo, que é preciso "fazer mais, seguramente".
"Nunca o SNS atendeu tantas pessoas"
Marta Temido garantiu ainda que "nunca o SNS atendeu tantas pessoas, nunca respondeu a uma procura tão grande por parte de uma população envelhecida, com múltiplas morbilidades e doenças crónicas".
A ministra defendeu em seguida que se colocam hoje "desafios profundos em torno dos quais a sociedade portuguesa se deve unir e comprometer para que encontremos a concertação necessária para promover políticas de saúe mais efetivas e que melhor sirvam os portugueses".
No final da sessão, e em declarações aos jornalistas, a ministra reconheceu que ainda "há um caminho a fazer", mas fez questão de afirmar que há já "um caminho feito".
Questionada pelo Negócios, se estará disponível para voltar a assumir a pasta da Saúde, se o Partido Socialista ganhar as eleições legislativas, Marta Temido limitou-se a responder que caberá aos portugueses decidir, deixando assim em aberto o que pretende fazer a partir de outubro.
Minutos antes, e durante um debate com representantes dos partidos da gerigonça e do PSD, Adalberto Campos Fernandes, outro dos escrutinados no relatório, já tinha admitido que o Governo não foi "tão longe quanto gostaria" e que fez "o que foi possível fazer".
Falando na sessão de encerramento da cerimónia de divulgação do relatório anual, que contou com a presença de vários ex-ministros da Saúde, como Adalberto Campos Fernandes, Maria de Belém, Ana Jorge e Correia de Campos, Marta Temido começou por recordar que "durante anos" assistiu à apresentação do relatório da Primavera como administrdora hospitalar e como cidadã e que depois colaborou na sua elaboração como revisora e co-autora.
A titular da pasta da Saúde defendeu que a publicação deste relatório "relembra-nos que o escrutínio independente das políticas de saude é fundamental a um sistema democrático e, sobretudo, mais efetivo".
Centrando-se depois nas conclusões em concreto do documento, Marta Temido admitiu "que apesar de todo o investimento da sociedade portuguesa no Serviço Nacional de Saúde e que nos permitiu ganhos inquestionáveis, Portugal é, ainda na área da saúde, um país com desigualdades com que não nos conformamos".
Depois de enunciar algumas das apostas do Ministério, a ministra considerou que as prioridades "na ação governativa de hoje e na de curto e médo prazo" estão "em linha com os quatro aspetos centrais" do relatório.
Em primeiro lugar, os cuidados saúde primários, depois o HIV-SIDA, na saúde mental e, por último, o combate "a um dos principais entraves à cobertura universal em saúde e causa de desigualdades que são os pagamentos diretos".
"A isenção de taxas moderadoras, os regimes de comparticipação de medicamentos, o financiamento de ajudas técnicas e o cheque-dentista, têm constituído algumas das fórmulas utilizadas para fazer progredir este objetivo", disse, admitindo, contudo, que é preciso "fazer mais, seguramente".
"Nunca o SNS atendeu tantas pessoas"
Marta Temido garantiu ainda que "nunca o SNS atendeu tantas pessoas, nunca respondeu a uma procura tão grande por parte de uma população envelhecida, com múltiplas morbilidades e doenças crónicas".
A ministra defendeu em seguida que se colocam hoje "desafios profundos em torno dos quais a sociedade portuguesa se deve unir e comprometer para que encontremos a concertação necessária para promover políticas de saúe mais efetivas e que melhor sirvam os portugueses".
No final da sessão, e em declarações aos jornalistas, a ministra reconheceu que ainda "há um caminho a fazer", mas fez questão de afirmar que há já "um caminho feito".
Questionada pelo Negócios, se estará disponível para voltar a assumir a pasta da Saúde, se o Partido Socialista ganhar as eleições legislativas, Marta Temido limitou-se a responder que caberá aos portugueses decidir, deixando assim em aberto o que pretende fazer a partir de outubro.
Minutos antes, e durante um debate com representantes dos partidos da gerigonça e do PSD, Adalberto Campos Fernandes, outro dos escrutinados no relatório, já tinha admitido que o Governo não foi "tão longe quanto gostaria" e que fez "o que foi possível fazer".