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Luís Portela: "Preço dos medicamentos devia voltar para a Economia”

O presidente do Health Cluster Portugal, Luís Portela, diz que seria “saudável” que a marcação do preço dos medicamentos voltasse para o Ministério da Economia.

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O presidente do Health Cluster Portugal diz que seria "saudável" que a marcação do preço dos medicamentos voltasse para o Ministério da Economia. Na Conversa Capital, entrevista conjunta do Negócios e da Antena 1, lembra que essa era a prática até 2012 e que desde que esse poder passou para a Saúde foi o "descalabro".

 

Quando é que a Bial lançará um novo medicamento?

Tínhamos projectos para poder lançar um produto para a hipertensão pulmonar em 2017 ou 2018. Infelizmente, porque quem não tem dinheiro tem de apertar os cordões à bolsa, tivemos de fazer deslizar este projecto e provavelmente só em 2020 é que poderemos proporcionar à humanidade este novo produto. Tenho muita pena que isso aconteça. Por um lado porque acho que vai ser um excelente produto, e por outro lado porque as patentes têm um determinado período e nós estamos a correr para podermos chegar ao mercado e termos anos suficientes para recuperar e estamos a perder anos que não vamos mais recuperar. Cá está um exemplo prático de como a área da saúde tem que ser governada, não só pelo Ministério da Saúde, mas também pelo da Economia. 

 

Porquê?

Em Portugal, até 2012, os preços dos medicamentos foram sempre marcados pelo Ministério da Economia. O anterior Governo conseguiu levar do Ministério da Economia para a Saúde a marcação dos preços. Na nossa opinião seria agora muito saudável que essa marcação voltasse para o Ministério da Economia. Se os problemas do Ministério da Saúde são orçamentais, este Ministério sempre teve os níveis de comparticipação do seu lado. E ao negociar a comparticipação pode inclusivamente fazer baixar o preço.


Faria mais sentido que fosse o Ministério da Economia a tratar disso?

Sim, porque o Ministério da Saúde tem preocupações mais focadas no Orçamento e é o nosso principal cliente. Deve estar envolvido pelo nível das comparticipações, mas se nos falha o Ministério da Economia o que acontece é uma situação de descalabro como aconteceu em quatro anos em que o preço médio dos medicamentos baixou 30%. 
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