Durante um debate na Universidade Católica, no Porto, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, referiu que neste momento estão 65.467 enfermeiros inscritos na Ordem, o que representa mais perto de um milhar do que no final de 2011. Porém, sublinhou, não sabe quantos exercem efectivamente, estimando que "nove a onze mil estarão no desemprego ou à procura do primeiro emprego, o que é penoso".

Contabilizando que o Ministério da Saúde emprega perto de 44 mil enfermeiros, Germano Couto lembrou que o número de enfermeiros formados tem vindo a aumentar enquanto as saídas da Função Pública têm vindo a ser reduzidas. Em consequência, o factor desemprego continua a ser "o principal motivo para que os jovens continuem a abandonar o País".

Até 31 de Dezembro 2012, a Ordem passou 2.800 declarações que permitem trabalhar na União Europeia, o que representa um aumento de 36% relativamente a 2011, divulgou o bastonário durante a palestra em que participou também o ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Nesta sessão sobre "A Enfermagem que temos, a que queremos e a que Portugal precisa", o bastonário sustentou que "os enfermeiros não querem competências de outros profissionais, mas maximizar as suas competências". Germano Couto deu o exemplo do seguimento de grávidas, de doentes de baixo risco ou dos trabalhos na promoção da saúde, antes de lamentar também que os enfermeiros não ocupem tantos cargos de chefias no sector, em comparação com outras categorias profissionais.