"Exaustão". Esta é a principal e mais repetida justificação para o agendamento de uma greve nacional de enfermeiros para os dias 24 e 25 deste mês. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, a paralisação, contra a exaustão dos profissionais e pela contratação de mais colegas.

"Os enfermeiros portugueses estão actualmente confrontados com inúmeros problemas", como a "grave carência de profissionais", que provoca processos de exaustão, declarou o presidente do SEP, José Carlos Martins.

Para exigir uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, o gozo das folgas a que têm direito, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e nocturnas, o sindicato decidiu agendar esta greve nacional que coincidirá, no segundo dia, com uma concentração junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

José Carlos Martins admitiu, contudo, que a paralisação pode ser desconvocada se, na reunião de dia 17 de Setembro, o Ministério da Saúde responder positivamente à globalidade das exigências.

De recordar que os enfermeiros estão a fazer greves pontuais desde Julho, um pouco por todo o País e em luta contra as condições actuais de trabalho e a carência de pessoal.