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Diabetes tem custos directos de 1,54 mil milhões de euros

José Luís Medina disse que há cada vez mais evidências sobre a relação da diabetes e as desigualdades sociais e de rendimento.

David Martins
01 de Outubro de 2016 às 19:37
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"A doença da diabetes tem custos directos de 1,54 mil milhões de euros, o que representa 0,9% do PIB e 10% das despesas de saúde" afirmou José Luís Medina, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, na sua intervenção durante a primeira Be Well Global Health Conference, numa organização da MSD e do Jornal de Negócios e o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Câmara Municipal de Lisboa, que hoje se realizou no Meo Arena em Lisboa.

 

Referindo-se a esta doença como uma pandemia, revelou que em 2013 morreram em todo o mundo cinco milhões de pessoas com a diabetes, mais do que com a tuberculose (1,5 milhões), VIH/Sida (1,5 milhões) e malária (0,6 milhões). Salientou que a sua incidência em Portugal é grande, cerca de 40% da população tem diabetes ou é pré-diabética.

 

José Luís Medina disse que há cada vez mais evidências sobre a relação da diabetes e as desigualdades sociais e de rendimento. O que mostrou a pertinência da conferência de Richard Wilkinson, que demonstrou que nos países com níveis de desigualdades de rendimento mais elevados tem maiores impactos negativos em áreas tão diversas como a mortalidade infantil, os níveis de encarceramento, a felicidade e a confiança da população, o sucesso escolar ou os níveis de literacia.

 

O impacto dos novos medicamentos, dispositivos, tratamentos e abordagens à doença estiveram também em destaque na conferência e foram referidos como novas esperanças no tratamento das doenças cérebro-vasculares e oncológicas.

 

"É cada vez mais complexo tratar um doente oncológico e implica articulação. Os cuidados são centrados no doente e isso tem impacto na forma de organização. A oncologia moderna é multidimensional e multidisciplinar" referiu Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

 

Por sua vez, João Morais, director do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Leiria, sobre as doenças cardiovasculares, mostrou como foi bem sucedido o foco no enfarte de miocárdio que fez baixar o índice de mortalidade das doenças cardiovasculares.

 

Salientou como desafios para o futuro a redução dos AVC, dos casos de morte súbita e das insuficiências cardíacas. João Morais refere que ainda está por saber qual foi o impacto da crise económica e financeira no sistema de saúde nas doenças. O que levou Vasco Vieira de Almeida a referir que o direito à saúde e ao bem-estar não fazem parte dos direitos e garantias de liberdade mas constam dos direitos sociais e económicos e portanto há um dever de protecção na saúde.

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