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Prescrição de antibióticos aumentou em 2015

O aumento afecta um dos pilares na luta contra os microorganismos multiresistentes, assinalou o director do PPCIRA, durante a primeira Be Well Global Health Conference.

David Martins
01 de Outubro de 2016 às 18:08
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A prescrição de antibióticos aumentou em 2015 revelou Paulo André Fernandes, director do PPCIRA (Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos), durante a primeira Be Well Global Health Conference, numa organização da MSD e do Jornal de Negócios e o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Câmara Municipal de Lisboa, que hoje se realizou no Meo Arena em Lisboa.

 

Sem revelar números, por ainda estarem em consolidação, Paulo André Fernandes salientou que este aumento afecta um dos pilares na luta contra os microorganismos multiresistentes. A outra componente é a luta contra as infecções no sistema de saúde que implica novas formas de organização e de cumprimentos de normas no sistema de saúde o que inclui hospitais, centros de saúde, de cuidados continuados e lares.

 

O director do PPCIRA referiu que estas infecções têm custos associados de 300 milhões de euros. A ONU decretou em 21 de Setembro a luta global contra a resistência antimicrobiana. Segundo um estudo recente, se nada fosse feito, estas infecções do sistema de saúde e a resistência provocariam, a partir de 2050, 10 milhões de mortos no mundo, 390 mil dos quais na Europa.

 

A "uberização" da Saúde

 

Joel Selanikio, CEO da Magpi, chamou a atenção para o potencial do Big Data na saúde, referindo que se está à beira da "uberização" da saúde com o aparecimento de plataformas tecnológicas capazes de fazer a ponte entre os pacientes e os cuidados de saúde.

 

Sublinhou sobretudo a oportunidade que os telemóveis representam para a melhoria e a produtividade dos sistemas de saúde, a que junta a capacidade de armazenagem e análise de dados. São um produto massificado e que permite a conectividade. Referiu ainda que a tecnologia poderia simplificar ainda mais a burocracia associada à prática clínica. Nos Estados Unidos um médico passa uma hora com o paciente e duas a preencher dossiês e relatórios clínicos. Com a tecnologia o médico poderia libertar uma hora para a prática clínica.

 

A primeira Be Well Global Health Conference teve mais de 3 mil assistentes relacionados com as actividades da saúde. Contou com oradores como Larry Brilliant, presidente do Skoll Global Threats Fund, que falou de ameaças globais como as pandemias, Richard Wilkinson, professor emérito de Epidemiologia Social, dissertou sobre as questões das desigualdades de rendimentos e o seu reflexo na saúde e no bem estar e Eric Weiner que relatou a sua viagem pelo mundo em busca da felicidade.

 

A realidade portuguesa também esteve presente nesta sessão de reflexão. Nos oradores portugueses constaram Vasco Vieira de Almeida, sócio da Vieira de Almeida e Associados, sobre direito e saúde; João Morais, director do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Leiria, sobre as doenças cardiovasculares; José Luís Medina, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, sobre a visão integrada na luta contra diabetes, Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, sobre a inovação em oncologia.

 

Contou ainda com as intervenções de Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, que é o chairman da conferência, Jorge Soares, director do Gulbenkian Programme for Innovation in Health, Vítor Virgínia, director-geral da MSD e Raul Vaz, director do Negócios.

 

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