Este caso arrasta-se há anos, segundo escreve esta sexta-feira o "Correio da Manhã", e no acórdão do Tribunal de Contas é salientado que a ARSLVT pediu ao tribunal que declare que pagou em excesso 77,9 milhões de euros e que HASEG seja condenada a devolver-lhe a quantia.

Em causa estará, segundo a ex-ministra disse ao CM, o pagamento de tratamentos muito caros que não estavam no contrato inicial estabelecido com o HASEG, no qual se incluem os doentes renais, oncológicos e com o vírus da sida.

Já a Entidade Gestora do Hospital Amadora-Sintra considera que o contrato foi “cumprido de comum acordo”, e pede que a ARSLVT seja condenada a pagar 33 milhões de euros mais juros de mora, relativos aos anos de 1995 a 2001. O montante global pago pela ARSLVT foi de 347 milhões de euros.

Ana Jorge considerou o processo “kafkiano”. “É bom que haja um julgamento para tornar todas as contas claras e transparentes, apesar do Tribunal de Contas ter validado os pagamentos”, diz a ex-ministra, tendo ainda argumentado que “não pagou nada que não devesse ter pago”.