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Projecções apontam para abstenção superior a 48%

As projecções das televisões apontam para intervalos muito próximos para a abstenção das eleições deste domingo. Deverá situar-se entre 48% e 53,2%.

Pedro Elias
24 de Janeiro de 2016 às 19:06
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A abstenção nas eleições Presidenciais deste domingo, 24 de Janeiro, terá ficado em torno de 50%, de acordo com as projecções das três televisões.

 

As projecções da RTP apontam para uma abstenção entre 48% e 52%, as da SIC entre 49% e 53,2% e as da TVI entre 48% e 51%.

 

A confirmar-se estes valores, trata-se do segundo ou terceiro nível de abstenção mais elevado em Presidenciais desde o 25 de Abril. Os dados finais só serão apurados mais ao final da noite, sendo que os resultados começam a ser conhecidos a partir das 20:00. Certo parece estar afastado o cenário de uma abstenção recorde e superior à das últimas presidenciais. 

 

Em 2011 a abstenção atingiu 53,48%, o que representou o nível mais elevado em Presidenciais desde o 25 de Abril. Nas eleições de 2006, quando Cavaco Silva foi eleito para o primeiro mandato, a abstenção situou-se em 38,47%.

 

Foi em 2001, quando Jorge Sampaio foi eleito para um segundo mandato, que a abstenção nas Presidenciais superou pela primeira vez os 50%. Nas eleições anteriores ficou sempre abaixo dos 40%.

 

Nas primeiras Presidenciais desde o 25 de Abril, em 1976, a abstenção situou-se em 24,53%, tendo atingido o nível mais baixo de sempre logo nas eleições seguintes, em 1980, na reeleição de Ramalho Eanes (15,61%).

 

Afluência às urnas superior acima de 2011

 

Quando faltavam três horas para fechar as urnas em Portugal Continental, a afluência situava-se em 37,69%. Um registo que aponta para uma descida da abstenção face às últimas Presidenciais, mas um forte aumento face às eleições de 2006.

 

Nas Presidenciais de 2011 a afluência às urnas até às 16:00 foi de 35,16%, enquanto nas eleições de 2006 a afluência à mesma hora situava-se nos 45,56%.

 

Os dados das últimas eleições Presidenciais indicam que a abstenção tende sempre baixar quando o Presidente da República não concorre a um novo mandato, pelo facto de já ter cumprido dois. É o caso destas Presidenciais, daí já ser de alguma forma esperado que a afluência às urnas subisse agora face a 2011, quando Cavaco Silva foi reeleito para um segundo mandato.   

 

Comparando com as eleições que Cavaco Silva venceu em 2006, a afluência às urnas, até às 16:00, estava quase oito pontos percentuais abaixo.

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