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Líderes partidários apelam à participação nas Presidenciais

Apelos à participação foram deixados pelos líderes partidários da direita à esquerda. Já votaram Catarina Martins, Passos Coelho, Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, sublinhando a importância do acto.

Bloomberg
24 de Janeiro de 2016 às 11:51
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Os habituais apelos à participação nas eleições repetiram-se no acto deste domingo, 24 de Janeiro, no qual os portugueses são chamados a escolher o próximo Presidente da República.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, votou cerca das 10:30 em Massamá, no concelho de Sintra, e instou os portugueses a ir às urnas. "Espero que seja um dia em que os portugueses participem de forma intensa [na votação]. A eleição do chefe de Estado é um acto cheio de relevância política e portanto deve merecer mobilização das pessoas", disse o antigo primeiro-ministro depois de votar na Escola Secundária Stuart Carvalhais, em Massamá.

Pedro Passos Coelho foi votar, como de costume, acompanhado pela esposa, e chamou também a atenção para o mandato que se avizinha para o futuro Presidente da República: o papel do futuro chefe de Estado, advogou, sairá reforçado na "autoridade política" se houver menor abstenção e "uma participação mais elevada dos portugueses" no sufrágio deste domingo por comparação com o de 2011. 

Questionado sobre a possibilidade ou não de estas eleições ficarem resolvidas à primeira volta, o presidente do PSD preferiu "não antecipar nada nesse particular", sublinhando que tal "depende de muitos factores".

"Insisto, o importante, com segunda volta ou sem ela, é que os portugueses se mobilizem para fazerem uma escolha consciente", vincou.

Quase à mesma hora, votava Paulo Portas, líder do CDS-PP, em Caxias, Oeiras, por volta das 10:30 e no final, em declarações aos jornalistas, disse esperar "uma boa participação eleitoral", apontando que a escolha do Presidente da República "é mais importante do que às vezes alguns dizem".

"Um Presidente da República tem poderes e atribuições que representam a unidade de Portugal como nação e que são importantes para o equilíbrio das instituições e eu acho que se houver uma boa participação hoje, o assunto pode ficar resolvido à primeira volta e eu sou daqueles que acha que o que se pode resolver à primeira volta não se deve deixar para uma segunda", disse Paulo Portas.

Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, foi das primeiras líderes partidárias a votar, apelando também aos portugueses para que não fiquem em casa"Hoje é um dia muito importante, que ninguém fique em casa. Que venham votar, que venham escolher, que possamos escolher pelas nossas vidas, pelo nosso país", afirmou a porta-voz do BE momentos depois de votar na Escola Secundária Almeida Garrett em Gaia.


Lembrando que "há tanta gente que infelizmente porque está fora (…) por motivos vários acaba por não conseguir votar hoje", a deputada pediu que "todas as pessoas que possam escolher, não desistam de o fazer".

"É muito importante. Nada está decidido à partida, é cada um de nós que escolhe quem será Presidente da República, quem nos pode representar, defender [e] defender aquilo em que acreditamos", realçou a deputada do BE, pouco mais de uma hora depois da abertura das urnas.

Adiantando que terá um "dia descansado" e que irá "aguardar serenamente pelos resultados", a porta-voz bloquista disse ainda que "as pessoas devem escolher com serenidade, com convicção, com vontade quem as pode representar, quem as pode defender, quem defende aquilo em que acredita".

Já passava das 11:00 quando Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, foi votar. Jerónimo Carvalho de Sousa, eleitor n.º AD32 da sétima mesa de voto da União das Freguesias da Azóia, São João da Talha e Bobadela, no Grupo Desportivo de Pirescôxe, votou pelas 11:02, muito rapidamente, ao contrário de outros sufrágios em que esperou largos minutos na fila.

"Eu como sou daqueles que ainda se lembra do tempo em que era proibido o exercício desse direito, poder fazê-lo é importante para a própria democracia", afirmou, numa assembleia de voto com 2.200 cidadãos inscritos e que acolheu, nas primeiras três horas, menos de 10% daquele universo.

O candidato presidencial do PCP em 1996 e em 2006, embora desistindo antes da votação na sua estreia, desejou "que os portugueses não se abstenham porque está em causa a eleição da figura máxima do Estado, que vai ter de assumir ir defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República".

"Ora, por todas as razões, pelos conteúdos e projeto e os valores de Abril que ela (Constituição) consagra e transporta, bem merece a participação dos portugueses", disse ainda o líder comunista.

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