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Minuto-a-minuto: Passado presente no debate que voltou a centrar discussão na segurança social

O debate desta quinta-feira, 17 de Setembro, teve na segurança social um dos principais temas. Trouxe para a discussão outra terminologia: condições de recursos. Costa não disse a que prestações vai aplicar essas condições. Passos aproveitou. Sócrates não foi falado neste debate. Mas o passado esteve sempre presente. "Parece um disco riscado", acabou por dizer Passos.

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12h30 - Passos Coelho deixa no Facebook uma mensagem sobre o debate, dizendo que foi "muito esclarecedor".

Pedro Passos Coelho fala em exclusivo para as Redes Sociais após o debate de hoje das rádios >> “Este debate mostrou bem quem é que tem vontade de lutar mais quatro anos pelo futuro de Portugal”. #somosmais

Posted by Partido Social Democrata on Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015


12h04 -
Foi à saída do Museu da Electricidade que António Costa explicou que mil milhões de euros no corte de prestações, com base em condições de recurso, são o total dos anos de legislatura. São 250 milhões de euros por ano, num orçamento da segurança social de 5.700 milhões. "É uma poupança diminuta". Por isso diz que se encontrará esse valor com os parceiros sociais em sede de concertação, para dar espaço a propostas. "Temos as contas feitas".O objectivo é combater a pobreza infantil. "Dar mais a quem mais precisa e menos a quem menos precisa". A discussão em torno deste ponto foi dos mais quentes do debate, tendo Passos Coelho cavalgado a onda por Costa não ter dito onde cortaria. 

Na declaração à saída do Museu da Electricidade, Costa acusou Passos de "esconder o verdadeiro programa". E diz que a coligação quer fazer nove corte de pensões, privatizar a segurança social, desmembrar o serviço nacional de saúde e atacar a qualidade da escola pública. "Está preso à palavra dada na campanha anterior. E ao fracasso governação. Não podem contar com nada de novo de Pedro Passos Coelho. O PS pelo contrário apresenta compromissos escritos, contas feitas". Prioridade é relançar a economia e criar emprego, combater precariedade, garantir a sustentabilidade da segurança social publica para todos, do serviço nacional de saúde, valorizar a escola pública, optar pelo enriquecimento curricular com ensino artístico, melhorar condições inclusão para quem tem necessidades especiais, diversificar oferta no secundário, continuar investir cultura, ciência e ensino superior. Recusou dizer quem ganhou o debate. "Os analistas dirão", acrescentando que "tenho programa, está escrito, tem contas", já a coligação: "Não tem programa e o que quer fazer está escondido, não revela, não assume e tem pouco a dizer aos portugueses". 


11h59- 
Ao abandonar as instalações do Museu da Electricidade, Passos Coelho, apesar de optar por não responder às perguntas dos jornalistas, aproveitou para se dirigir novamente aos portugueses reafirmando que "a economia está a crescer como nós tínhamos dito que cresceria. "O importante é não andar para trás em áreas sensíveis, como a Segurança Social", alertou Passos Coelho que defende que o mais importante é assegurar "mais trabalho, mais empresas e mais exportações tal como nós temos vindo a alcançar".

 

A coligação apresenta-se a estas eleições legislativas "para dar mais fôlego a este caminho de recuperação", sustentou o primeiro-ministro que disse ser fundamental perceber "quem tem vontade de acrescentar futuro como já acrescentou até aqui". A ideia-chave que o primeiro-ministro pretendeu passar foi a de que depois de este Governo ter "recebido o país em bancarrota", conseguiu concluir o processo de ajustamento da economia "dando o melhor de todos para que o país não tivesse de passar de novo por isso. 

 

11h51 - Debate termina.

11h50 - 
Na declaração final de Passos Coelho, o primeiro-ministro frisou que "a economia cresce, estamos a criar emprego e precisamos de dar estabilidade e confiança para o futuro". No entender de Passos Coelho, os portugueses não devem confiar em mera "retórica", devendo, antes, "sonhar com os pés assentes no chão".

"Estou convencido que com o apoio dos portugueses que não querem andar para trás" e que preferem "andar para a frente", "podemos ser um país mais próspero e com futuro". 

11h48 – Na declaração final de António Costa, fala do que Passos não conseguiu: crescimento e redução da dívida. É preciso, diz, reforçar rendimentos familiar, apostar criação emprego, a competitividade ganha-se investindo no conhecimento e acaba dizendo que o PS defende estado social e é contra a privatização da segurança social. A defesa da escola pública também é feita. 


11h46 – Costa fala da educação: "a qualidade da escola pública mede-se pela capacidade inclusão". Costa defende a pré-escolarização a partir dos três anos, e enriquecimento e diversificação da oferta no secundário". E ataque dizendo que para o Governo "a grande ideia da função da escola é examinar para eliminar. O nosso é transmitir conhecimento, formar cidadãos e qualificar". Passos ainda lembra que é o primeiro ano em que o inglês inicia a obrigatoriedade disciplinar de sete anos a partir do primeiro ciclo. 


11h44 – Passos fala do que diz ter feito na educação ao longo de quatro anos: vincular 4.000 professores - "Regularizamos essa situação", "generalizamos os doze anos de escolaridade obrigatória". Mas é importante, acrescenta, reforçar a escola pública, melhorar a capacidade de autonomia, gerir melhor horários, passámos um número baixo de contratos para um número maior que "espero vá aumentar nos próximos anos". "Demos outro fôlego a todo ensino natureza vocacional".

11h42 – Depois de várias tentativas de introdução do tema da educação, os moderadores conseguem finalmente que o assunto seja abordado. Passos Coelho realçou "a normalidade que está a decorrer abertura ano escolar", assumindo os problemas no ano passado. Em relação ao ensino especial, que tem sido referido como estando a perder recursos, Passos garante que "temos procurado ao longo destes anos corresponder a uma maior oferta parte do Estado. Houve vários casos do país em que foram detectados abusos. Corrigiu-os". "Aquilo que aconteceu no ensino especial é que havia serviços que estavam a cobrar em excesso o que prestavam de apoio a essas criança. Segurança social não deixou de actuar". 

 

11h41 – "Eu não minto", diz Costa, acrescentado que a decisão que tomámos em sede de IRC foi o acordado: o PS viabilizaria a reforma no IRC na condição do Orçamento para este ano conter a reforma do IRC e IVA.

11h40 - Passos Coelho volta a atacar Costa por causa do IRC. Quando o PS diz que quer estabilidade fiscal, mas rompe o acordo. "Diz tudo e o contrário. Tem de definir o que quer dizer às pessoas".

11h37 - Outra ideia deixada pelo líder socialista passaria por aplicar "uma pequena parcela do fundo de reserva da Segurança Social, nunca superior a 10%", em obras de reabilitação urbana, algo que diz contrastar em grande medida com aquilo que o actual Governo faz porque "hoje utilizamos esse fundo de reserva para comprar dívida pública". 


11h35 - Ainda relativamente ao financiamento da Segurança Social, o secretário-geral do PS anunciou que "precisamos ter um grande programa de renda acessível para a classe média". "Criar um mercado de renda acessível através da reabilitação dos prédios da Segurança Social espalhados por todo o país", prosseguiu António Costa que garante que tal medida permitirá, em simultâneo, "criar emprego e aumentar o financiamento da Segurança Social". 


11h33 - O primeiro-ministro quis ainda desmentir a acusação feita por António Costa em relação ao objectivo do Governo de cortar 600 milhões de euros na Segurança Social e notar a sua "preocupação" em relação às propostas socialistas para o sistema de pensões. As propostas do PS implicam que "o Estado deixará de ter condições para pagar as pensões no próximo ano, isto a menos que se emita dívida", explicou Passos que, ainda assim, revelou "até estar de acordo em diversificar as fontes de financiamento". 


11h27 - A resposta de Costa não se fez esperar, com o líder do PS a atribuir "o problema da Segurança Social" à emigração e ao desemprego que "vocês criaram". Para logo depois  persistir na ideia de que para resolver o problema é preciso "criar emprego e diversificar as fontes de rendimento".


Passos interrompeu novamente para também ele colocar uma questão a António Costa: "Mas está, ou não, disponível para discutir uma reforma da Segurança Social?". Costa não respondeu e Passos acrescentou esperar que António Costa "mude de opinião a seguir às eleições"


11h24 - Costa e Passos voltam ao bate-boca. Passos diz que "parece um disco riscado. Quando não lhe agrada recorre ao bordão".


11h23 - Passos Coelho não larga o facto de Costa não ter dito as prestações onde vai estabelecer condições de recurso. "Porque não responde à questão?". "Será negociada no momento próprio na concertação social", acrescenta Costa. 

 

11h23- O primeiro-ministro respondeu recordando que há um défice de financiamento da Segurança Social, razão pela qual "precisamos mesmo de fazer uma reforma nesta matéria". E lamentou que o PS se recuse sentar-se à mesa para discutir o tema. "Estou tão convencido da necessidade desta medida para futuro que, quer ganhe quer perca as eleições, estou disponível para discutir, no dia a seguir às eleições, uma reforma da segurança social que permita dar previsibilidade e confiança.


11h20- 
No que diz respeito às propostas relativas às pensões, António Costa reiterou que "o PS já disse que os pensionistas podem contar com o princípio da confiança garantido pelo Tribunal Constitucional". "Não há novos cortes nas pensões, ao contrário do Governo que quer cortar 600 milhões de euros", acusou Costa. O líder socialista prometeu que "todas" as pensões mínimas serão actualizadas" e adiantou que "tendo em conta o cenário da inflação prevemos, manter o congelamento das [restantes] pensões".

Costa insistiu na necessidade de "reformular o sistema de financiamento", deixando de ter somente em conta a massa salarial, o que "penaliza as empresas de mão-de-obra intensiva", passando também a ser em função dos lucros. "Ao contrário da coligação de direita", Costa garante que o PS "rejeita" privatizar a Segurança Social.


11h17 - Passos responde ao ataque que Costa tinha feito antes sobre as famílias monoparentais que diz terem hoje tratamento fiscal mais vantajoso do que no passado.Passos volta a centrar o debate no que lhe interessa e pergunta a Costa: "quais são as prestações não estão sujeitas a condição de recursos que dr. António Costa possa permitir poupar mil milhões de euros? Não leve a mal o que vou dizer, é aqui que se vê onde a onda retórica e demagogia choca com realidade".

Costa atira que o actual Governo tirou o complemento solidário a 70 mil idosos e o rendimento solidário a 170 mil pessoas. "O resultado prático ao longo desta legislatura é que dois milhões de pessoas passaram a situação de pobreza e 10% das pessoas que trabalham ficaram abaixo do limitar". E por isso o PS propõe criação de nova medida social: complemento salarial. 

 

11h17 – Costa questiona: "conhece alguma familiar que pague hoje menos impostos?". O diálogo continuou: "conheço muitas", disse Passos, que ouviu de Costa:" Era o que eu imaginava. Eram só amigos seus".


11h16 - Sobre deduções despesas com saúde e educação, Passos Coelho diz que com as despesas familiares introduziu benefícios. 

 

11h12 - Passos interrompe: "Não me diga que não sabe quais são?" Costa responde: "Iremos fazer avaliação do conjunto de prestações".

  

11h12 - Costa é questionado sobre os subsídios em que vai por condições de recurso e que garante terá um corte na despesa de mil milhões. "Aceleramos reposição vencimentos função pública, descongelamento das carreiras, repomos complementar idosos, e o rendimento solidário de inserção, repomos abono de família cortados, mas é necessário adoptar em relação às prestações de natureza não contributiva ir introduzindo mecanismos sujeitas à condição de recursos".


11h08 - Costa diz ainda que o governo não cumpriu a estratégia de ajustamento de ser dois terços pela despesa. "Foi o inverso. Tem sempre um problema de tender a esquecer o que diz na campanha, sobre as gorduras Estado. No orçamento deste ano, na rubrica estamos na mesma". Costa promete repor os abonos de família aos níveis em que estavam, tendo Passos Coelho atirado que foram cortados nos últimos escalões na altura do Governo PS.


11h06
– O debate centra-se agora no quociente e na forma como os filhos são considerados em sede de IRS.Costa explica que o PS não quer eliminar quociente familiar, mas fazê-lo "justo e não regressivo". O que a coligação fez foi colocá-lo por numa percentagem. Costa explica: "As crianças das famílias com maior rendimento beneficiam mais do que as de menor rendimento. As crianças valem todas o mesmo. O quociente familiar que propusemos, e que coligação chumbou, é que seja uma dedução idêntica para qualquer criança qualquer que seja rendimento do pai e mãe. Beneficiar famílias monoparentais particularmente atingidas pelas dificuldades. Quociente penaliza as famílias monoparentais", diz Costa, que ironiza: "deve haver penalização pelo comportamento incorrecto que é o recurso ao divórcio".

11h05 – Passos Coelho lembra que 7% dos contribuintes pagam aproximadamente 70% receita fiscal. "Isso acontece porque fizemos revisão dos escalões". Promete desagravamento fiscal para futuro com segurança. "Não estou a ver forma de podermos baixar nos próximos anos" nomeadamente o IVA. "Baixaram o IVA, aumentaram função publica e a seguir comemos com um resgate", atirou passos Coelho que lembra o que pretende a coligação: criar quociente familiar, menos pressão fiscal, remover sobretaxa, manter reforma IRC que o PS não quer. E conseguir estabilizar outras funções. Combate à evasão fiscal. O nível de tributação que o Estado arrecada que corresponde à introdução e-factura e controlo maior, pôr mais gente na economia informal na formal.

Novo momento de irritação. "Estou só a lembrar infundadas afirmações. Comprometi-me devolver autonomia ao país e cumpri. Isso é o mais importante", declara Passos Coelho.


11h04 – Pedro Passos Coelho diz que em matéria de impostos, quer de desagravar tributação sobre as empresas, "esperamos poder desagravar aquilo que é IRS na sobretaxa. Em quatro anos remover". Em 2016 devolver uma parte sobretaxa que foi cobrada este ano, e tudo leva a crer que entre um quarto a um quinto será devolvido. 


11h03- 
Quanto aos novos escalões de IRS que o PS não propõe, mas não concretiza, no seu programa eleitoral, António Costa voltou a explicar que não pode comprometer-se ainda com o desenho da correcção dos escalões sem deter a informação da máquina fiscal e acusou o Governo de Passos Coelho de ter feito tantas alterações". Mas Costa compromete-se a "eliminar a sobretaxa do IRS e rever os escalões do IRS", bem como a repor o vencimento dos funcionários públicos.


11h03- 
E prosseguiu realçando que o "novo emprego que está a ser criado" tem contribuído para uma menor precariedade no mercado laboral português. Passos Coelho voltaria ainda a confrontar António Costa com aquele que tem vindo a ser o comportamento dos restantes governos socialistas europeus, desta feita recorrendo ao exemplo do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que flexibilizou as leis laborais: "Não vi o PS indignar-se por os socialistas em Itália terem alterado as leis laborais", acusou. 


10h59- 
Já sobre emprego, o primeiro-ministro notou que "temos conseguido criar emprego para recuperar o que foi destruído durante o período mais forte da crise". "O emprego tem vindo a ser destruído há muito anos em Portugal", recordou Passos que garante que cerca de dois terços dos jovens que fizeram estágio conseguiram encontrar emprego. "As contribuições aumentaram significativamente para a Segurança Social porque as pessoas estão empregadas", atirou.


10h53- 
Apesar de questionado sobre emprego, Passos Coelho preferiu começar por reiterar que "durante estes quatro anos o Governo empenhou-se em tentar controlar e diminuir o défice" e regressar ao tema da redução da dívida por parte da câmara de Lisboa nos mandatos de António Costa: "Consegui até contribuir para a diminuição da dívida da câmara de Lisboa", disse para acrescentar que se "não fosse o Governo ter comprado, por 277 milhões de euros, os terrenos do aeroporto no âmbito de uma privatização [da ANA] que o senhor critica, não tinha reduzido essa dívida". 

António Costa respondeu dizendo que "é preciso lata", para de seguida afirmar que "se alguém fez um favor a alguém foi a câmara de Lisboa ao Estado". "O senhor recebeu três mil milhões de euros e o que fez a este dinheiro", perguntou Costa respondendo de seguida que "não sei". "Essa é a diferença, nós reduzimos a dívida e os senhores aumentaram". 

 

10h47- Em relação ao emprego, o líder socialista garante que o objectivo do PS passa pela "criação e qualidade do emprego" e lembrou que "estabelecemos o emprego como a causa das causas". António Costa disse depois que são necessárias "políticas específicas por sectores", designadamente em relação à restauração e a reabilitação urbana. Por fim, Costa falou ainda no objectivo de criar um programa específico "dirigido aos jovens licenciados" que substitua o actual subsidiar de estágios. O secretário-geral do PS quer "canalizar os recursos para a criação de emprego efectivo" porque a" grande reforma que temos de fazer não é reduzir os custos do trabalho mas criar emprego digno". 


10h43
- O PS propõe que em caso de rescisão haja uma majoração da indemnização e que possa haver recurso ao subsídio de desemprego. "Não é criar contrato único. Não é posição PS". O mecanismo conciliatório visa impedir que haja tantos casos em contencioso. Mas quem não chegar a acordo pode, à mesma, recorrer a tribunal. "Sem pôr em causa a velha ambição da direita de eliminar a justa causa como requisito do despedimento".


10h41 – Volta ao tema do despedimento conciliatório, não sei antes de Costa lembrar do fracasso da venda do Novo Banco que pode levar o défice ao valor de 2011. "Arrisca-se depois de tudo o que impôs de ter aumentado dívida e acabar com défice igual ao que começou". Para o PS, no mercado trabalho, a grande reforma não é reduzir custos trabalho, mas reduzir precariedade: 90% dos contratos são a prazo, só 20% converteram em contratos definitivos; pessoas a receberem o salário mínimo nacional aumentou 70% em relação a 2011. 


10h40 – Novo bate-boca que deixa Passos irritado. Passos ri-se das afirmações de Costa que atira: "também lhe devem ter dito para rir"... Passos retorquiu: "não faça insinuações dessas".

10h38 – Costa responde: "Fala muito da dívida, desculpar-me-á a única coisa que tem a dizer é que aumentou 30 mil milhões em 4 anos. Não fica bem apresentar-se como gestor exemplar quando a aumentou. Quanto ao défice, a sua meta para défice deste ano não é acompanhado por ninguém, nem nacional nem internacional. Quem nos dera a todos que ficasse 2,7% mas as metas apontam para os 3,2% não fico satisfeito com isso. Era bom chegarmos mais cedo a um défice abaixo dos 3%. O último ano, por mero acaso eu estava no governo, que ficámos abaixo dos 3% foi em 2007".



10h36 – Debate vira-se para o emprego e para a proposta do PS de despedimento conciliatório. Passos diz que é preciso "tirar o maior partido das reformas realizadas. No mercado laboral, realizaram-se reformas importantes e que hoje trazem mais flexibilidade". Por isso, "é prematuro estar a fazer mexidas de fundo nas reformas que foram feitas. Temos de dar alguma estabilidade às reformas que foram feitas". Nos últimos dois anos, acrescenta Passos, recuperaram-se mais de 220 mil empregos que tinham sido destruídos antes pela crise económica "que herdámos". 

10h35 – Passos Coelho diz que PS "tem feito muita demagogia, mas tem sido muito pouco realista". Passos Coelho lembra que Costa não queria que PS tivesse ratificado o tratado no Parlamento. Mas é um tratado que impõe responsabilidades aos estados. A interpretação de Passos: "os que têm mais margem orçamental devem ajudar os outros que estão piores a crescer; os que têm pouca margem, como Portugal, que o PS deixou atolado em dívida sem acesso a mercado, sem margem para investir no crescimento, têm de se portar muitíssimo bem. Tem de ter défice orçamental abaixo dos 3%, que é o que governo está procurar fazer este ano. Ficaremos com défice orçamental inferior a 3%. Não reconhece e diz que quer mais lá para a frente".


10h34 – Foi a propósito do tratado que Passos Coelho e Costa entraram em bate-boca. Costa: "Disseram-lhe que tinha de ser embirrento". Passos: "Não estou a ser". Costa continua que a Comissão aprovou comunicação que fixou nova forma interpretar de forma inteligente e flexível o tratado. Os que não estão em cumprimento têm folga diferente. "Portugal deve-se bater por uma folga maior".


10h33 – Pergunta sobre tratado orçamental europeu. Está a ser feita interpretação inteligente tratado?

10h29- Questionados sobre a crise dos refugiados, Passos Coelho sustentou que "a Europa tem de se organizar melhor para dar uma resposta ao problema" e sublinhou que Portugal tem tido "uma postura de grande cooperação e de grande abertura na Europa para contribuir com solidariedade". Já António Costa acredita que esta crise "é mais um exemplo de como a Europa está ainda incompleta", nomeadamente, em relação a este tema, denotando a fragilidade da sua política externa. Costa criticou ainda o falhanço europeu na estabilização das regiões próximas das fronteiras externas europeia.

 

Já em relação a uma eventual participação de Portugal numa intervenção militar para tentar estabilizar as regiões foco desta crise dos refugiados, nenhum dos candidatos a primeiro-ministro colocou de parte tal possibilidade.

            
10h23
- Costa atira: "Não se consegue libertar do passado". E volta a dizer que Passos Coelho foi além da troika. "Disse na campanha que não invocaria o passado". E lembra: "A única surpresa que teve foi dívida escondida da Madeira. Fizeram o que quiseram fazer e querem prosseguir". Fala dos custos de trabalho: "Lamentou-se nesta legislatura de não reduzir suficientemente os custos trabalho". Diz que o PSD/CDS "quer privatizar serviços públicos e continuar a atacar custos trabalho. A sua visão é da austeridade. Tem de assumir a sua responsabilidades e pensamentos e não estar sempre nas campanhas e dizer uma coisa e depois a fazer outra".


10h22 – Passos Coelho aproveita para criticar o que o PS disse na altura, que a reforma seria para muitos anos e não foi. Por isso volta a atacar o PS dizendo que foram os seus governos que "trouxeram dificuldades e austeridade a Portugal. O PS deixou o país em piores condições". E continua a defender o seu governo: "Se continuarmos o caminho até aqui não precisaremos quarto resgate e não precisaremos que o PS peça novo resgate".


10h22 – Se está a referir-se à reforma que diziam que era para os próximos anos, passados nem quatro anos, o PS estava a revê-la.


10h21 – Costa interrompe: "fizemos em 2007".

10h19 – Pedro Passos Coelho diz que Costa "está sempre a regressar à mesma discussão". E quer deixar claro: "De uma vez por todas, a austeridade foi aquela que os senhores consentiram que a realidade nos impusesse. Tiveram muito tempo para impedir. O desvio em relação às contas públicas era acima de 1% do PIB". Passos Coelho diz  que, por isso, para conseguir os mesmos objectivos orçamentais houve que fazer um esforço maior e mais austeridade que tinha sido "evitada se o PS não tivesse conduzido o país à quase bancarrota". Passos Coelho atira a Costa que o PS "continua a não reconhecer" isso. "O que lhe fica mal". Fala da segurança social e das pensões para dizer que o PS tem recusado fazer.


10h15- 
Questionado sobre se a política europeia foi a correcta, Passos Coelho começou por lamentar que o líder do PS continue "mais interessado em discutir a nossa política interna do que a política europeia" e lembrou que depois de Costa ter começado "por saudar a vitória do Syriza na Grécia", acabou por reconhecer que aquele partido seguiu "uma estratégia tonta". O primeiro-ministro disse ainda que "não precisamos de nenhum revisionismo", até porque "vemos que a Europa passou uma das crises mais graves do pós-guerra". Passos Coelho destacou ainda que esta crise obrigou a Europa a "fazer alterações", entra as quais levando o BCE a adoptar "uma política activa" de ajuda aos estados do euro. "Resolver os problemas não é adoptar uma retórica", atirou Passos Coelho.

 

10h09 – Quanto ao Syriza acrescenta: "a mudança faz-se primeira pela via negociação e não confrontação e no quadro da União Europeia. Mas é preciso virar página da austeridade". E volta o discurso para a vertente interna, voltando a dizer que Pedro Passos Coelho "ficará na história", como o primeiro primeiro-ministro a chegar ao fim do seu mandato com um PIB inferior ao que tinha quando chegou e sem conseguir reduzir a dívida pública, "pelo caminho ficou um desemprego brutal, aumento pobreza e novo ciclo migratório". "Dizer que produziu efeitos positivos, não vejo como". E continua ao ataque: Pedro Passos Coelho "teve esta política por vontade própria, quis ir além do que a troika obrigava", e por isso houve "sacrifícios que resultam do pensamento politico do Dr. Pedro Passos Coelho". É por isso que "discordo e proponho um pensamento e estratégia alternativas".

 

10h08 – É um tema que António Costa gosta. "Tem havido evolução positiva na reorientação da Europa": uma Reorientação do BCE, nova posição da comissão Juncker, relativamente ao investimento e relançamento economia e a Comissão Europeia aprovou uma nova comunicação sobre o Tratado orçamental, que "permite a países como França ou Itália terem hoje trajectória de ajustamento mais condizente com ritmo de crescimento económico". Costa acrescenta: "É necessário que essa mudança prossiga. Syriza adoptou uma estratégia errada".

10h08 – Paulo Baldaia arranca com as perguntas. A António Costa dirige a pergunta sobre a Europa, nomeadamente a vitória do Syriza. Há alternativas à austeridade?


10h07
– Começa o debate. Graça Franco dá o pontapé de saída, lembrando ser uma "iniciativa única". Promete um debate "único e decisivo".


10h06- 
António Costa está já a preparar-se para se sentar. Trouxe consigo a já habitual pasta preta de cabedal que o tem acompanhado nos debates televisivos. Desta feita, Passos Coelho trouxe alguns papéis consigo, ao contrário do que tinha feito no debate em directo para as três televisões

10h04 - Pedro Passos Coelho levanta-se para cumprimentar António Costa.

10h00 -
À hora que devia começar o debate, Pedro Passos Coelho aguarda já no espaço de debate, e sentado, a chegada de António Costa.

As rádios já iniciaram as transmissões vídeos do debate. Na TSF pode ser visto aqui. Na Renascença é transmitido aqui. E na Antena 1 aqui

9h56 -
António Costa chega ao Museu da Electricidade. Também chega com uma pasta na mão.

9h51 -
Pedro Passos Coelho, que era para chegar em segundo lugar, acaba por antecipar a entrada no Museu da Electricidade. O primeiro-ministro chega num automóvel, que ironicamente tem matrícula PS. Os três moderadores aguardam já pelos candidatos a primeiro-ministro, no mesmo espaço (e cenário) em que decorreu o debate televisivo. 

9h49
 – António Costa ainda não chegou. O debate vai começar com atraso.


9h41 -
O debate terá 90 minutos. A primeira pergunta será para António Costa. A declaração final será de Passos Coelho. A ordem foi decidida por sorteio.
9h35 - TSF diz que António Costa está um pouco atrasado, já que estava prevista a chegada às 9h30.

Pedro Passos Coelho, líder da coligação PSD/CDS-PP, e António Costa, secretário-geral do PS, vão estar no segundo frente-a-frente desta campanha. O primeiro decorreu nas televisões e agora a iniciativa é das três rádios nacionais; TSF, Renascença e Antena 1. O debate volta a ser realizado no Museu da Electricidade. Está previsto o início do frente-a-frente às 10 horas, com moderação de Paulo Baldaia (TSF), Maria Flor Pedroso (Antena 1) e Graça Franco (Renascença).

Reveja o minuto-a-minuto do debate televisivo. E os temas principais que estiveram em discussão. 
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