Notícia
Nuno Melo critica proposta de Centeno sobre supervisão financeira à boleia do BCE
O cabeça de lista centrista critica a proposta do ministro português das Finanças sobre supervisão financeira. Nuno Melo considera que é "muito preocupante" as críticas do BCE à proposta de lei do Governo.
23 de Maio de 2019 às 21:44
O cabeça de lista do CDS-PP às europeias considerou hoje "muito preocupante" as críticas do Banco Central Europeu (BCE) à proposta de lei do Governo para a supervisão financeira, pelo potencial de "instrumentalização política" do regulador nacional.
Em declarações aos jornalistas, no Porto, à margem de uma ação de campanha para as europeias, Nuno Melo considerou "muito preocupante" que "o primeiro reparo" do BCE à lei da responsabilidade do ministro das Finanças, Mário Centeno, seja o alerta de que o diploma "facilitará a instrumentalização política e o controlo político do regulador nacional".
Uma preocupação acrescida dado que Portugal "atravessou casos muito graves no setor bancário, com o encerramento de bancos que, pelo caminho, custaram milhões de euros ao contribuintes", assinalou Nuno Melo, que prometeu voltar ao assunto no jantar-comício de hoje, em Crestuma, onde também discursam o mandatário nacional, António Lobo Xavier, e a líder do partidos, Assunção Cristas.
E citou os números, a começar com as "injeções de sete mil milhões BPN, cinco mil milhões na CGD e mais cinco mil milhões no Novo Banco".
O Banco Central Europeu (BCE) fez várias críticas à proposta de lei do Governo para a supervisão financeira, referindo incompatibilidades com o sistema europeu de bancos centrais, aumento de pressão política e pouca clareza na proposta.
No parecer a que a Lusa teve acesso, e noticiado pelos jornais Observador e Expresso, o presidente do BCE, Mario Draghi, escreve que "a disposição relativa à designação do governador, de entre um dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal (BdP) durante o seu mandato não é compatível com o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC)".
Ao fim da tarde, no Porto, foi apresentado o livro de Nuno Melo "Direito de Oposição", que reúne crónicas do eurodeputado publicadas no JN desde 2015, ano das eleições legislativas que resultaram no Governo minoritário do PS, com o apoio dos partidos de esquerda, BE, PCP e PEV.
A obra foi apresentada pelo advogado e ex-jornalista Nuno Cerejeira Namora que o descreveu como "um livro de combate, escrito por um guerrilheiro de direita".
O próprio Nuno Melo prefere considerar-se como um "combatente de direita", da "direita da tolerância".
Mas admitiu ser mais difícil fazer uma afirmação de um político de direita do que de esquerda e reclamou para si o direito de poder afirmar as suas posições com a mesma liberdade "das irmãs Mortágua", do BE, uma das quais, Mariana Mortágua, também assina uma coluna de opinião no JN.
Em declarações aos jornalistas, no Porto, à margem de uma ação de campanha para as europeias, Nuno Melo considerou "muito preocupante" que "o primeiro reparo" do BCE à lei da responsabilidade do ministro das Finanças, Mário Centeno, seja o alerta de que o diploma "facilitará a instrumentalização política e o controlo político do regulador nacional".
E citou os números, a começar com as "injeções de sete mil milhões BPN, cinco mil milhões na CGD e mais cinco mil milhões no Novo Banco".
O Banco Central Europeu (BCE) fez várias críticas à proposta de lei do Governo para a supervisão financeira, referindo incompatibilidades com o sistema europeu de bancos centrais, aumento de pressão política e pouca clareza na proposta.
No parecer a que a Lusa teve acesso, e noticiado pelos jornais Observador e Expresso, o presidente do BCE, Mario Draghi, escreve que "a disposição relativa à designação do governador, de entre um dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal (BdP) durante o seu mandato não é compatível com o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC)".
Ao fim da tarde, no Porto, foi apresentado o livro de Nuno Melo "Direito de Oposição", que reúne crónicas do eurodeputado publicadas no JN desde 2015, ano das eleições legislativas que resultaram no Governo minoritário do PS, com o apoio dos partidos de esquerda, BE, PCP e PEV.
A obra foi apresentada pelo advogado e ex-jornalista Nuno Cerejeira Namora que o descreveu como "um livro de combate, escrito por um guerrilheiro de direita".
O próprio Nuno Melo prefere considerar-se como um "combatente de direita", da "direita da tolerância".
Mas admitiu ser mais difícil fazer uma afirmação de um político de direita do que de esquerda e reclamou para si o direito de poder afirmar as suas posições com a mesma liberdade "das irmãs Mortágua", do BE, uma das quais, Mariana Mortágua, também assina uma coluna de opinião no JN.