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Pedro Nuno diz que "não há razão para adiar" valorização de carreiras da Função Pública

O líder do PS diz que as matérias em que há consenso com o Governo da AD devem avançar já, não esperando pelo Orçamento do Estado para 2025. E recusa ser suporte do Executivo de Montenegro.

O Secretário-geral do PS acredita que não há motivos para adiar algumas matérias consensuais com o Governo da Aliança Democrática, em concreto nos aumentos salariais para algumas carreiras da administração pública.

"Se querem resolver, o PS está disponível para o fazer. Não há razão para adiar a valorização da administração pública", afirmou Pedro Nuno Santos, na entrevista à TVI/CNN, a primeira desde que assumiu a liderança da oposição.

Para o líder socialista, "seria um erro deixar estas matérias para o Orçamento do Estado para 2025", sublinhando que são processos diferentes. "Se o Governo quiser resolver esses problemas e a situação de grupos profissionais, deve fazer antes. O Orçamento do Estado é uma matéria diferente", afirmou Pedro Nuno Santos, acrescentando que há posições que afastam o PS e a AD.

Para o líder socialista, o OE 2025 "declina" o que estava no programa eleitoral e que se distanciava muito das propostas do PS. "O Orçamento do Estado não é uma soma de medidas", indicou. "Traduz uma estratégia para o país. Tivemos o líder da AD a prometer mudança e não pode ter o PS a suportar essas medidas", afirmou.

O secretário-geral do PS escreveu esta segunda-feira ao primeiro-ministro disponibilizando-se para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública.

Numa carta dirigida a Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos acrescenta que "a disponibilidade do PS para este acordo pressupõe uma negociação prévia com as organizações representativas dos trabalhadores".

Na resposta, o primeiro-ministro saudou o "exercício de responsabilidade política e compromisso" do líder do PS e comprometeu-se a agendar "oportunamente uma reunião de trabalho" sobre a valorização de carreiras e salários na administração pública.

"Aproveito o ensejo para lhe transmitir que oportunamente agendaremos uma reunião de trabalho sobre essa temática, o que deverá acontecer na sequência das negociações com as organizações representativas dos trabalhadores. O tempo e o modo de condução desses processos negociais serão, obviamente, definidos pelo Governo", refere Luís Montenegro, na resposta à carta que lhe foi hoje enviada por Pedro Nuno Santos, e a que a Lusa teve acesso.

(Notícia atualizada às 21:30)

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