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Pedro Nuno admite avançar com novo aeroporto de Lisboa mesmo sem PSD

No debate com o líder da AD, o secretário-geral do PS assegura que o objetivo é avançar na construção da infraestrutura, de preferência com o consenso de todos os partidos, mas escolhe localização mesmo sem PSD.

Tiago Sousa Dias
Paulo Ribeiro Pinto paulopinto@negocios.pt 19 de Fevereiro de 2024 às 20:57
O secretário-geral do Partido Socialista admite avançar com a escolha para o novo aeroporto de Lisboa mesmo sem o apoio do PSD. A indicação foi dada esta segunda-feira durante o debate das legislativas entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro nos três canais de televisão nacionais.

"Queremos assegurar um consenso com o PSD e todos os partidos e procuraremos esse consenso", assegurou Pedro Nuno Santos, para logo de seguida indicar que "avançamos mesmo sem PSD".

Em causa as declarações do líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, que afirmou querer constituir um grupo de trabalho depois de apresentado o relatório da comissão independente. 

"Estamos há 50 anos para decidir a localização do novo aeroporto", afirmou Pedro Nuno Santos, para depois sublinhar que é preciso decidir. Na resposta, Montenegro lembrou que o PS "teve oito anos para decidir, decidiu mal e contra a vontade do primeiro-ministro", referindo-se ao episódio em que Pedro Nuno Santos, enntão ministro das Infraestruturas, anunciou a decisão sobre a localização do aeroporto.

O depacho do então ministro das Infraestruturas a solução do Governo seria o de avançar com as obras no Montijo dentro em 2023 com uma pista complementar à da Portela, avançando-se em paralelo para uma nova infra-estrutura aeroportuária de raiz no Campo de Tiro de Alcochete, mais pensada para o longo prazo.

O diploma teve curta vida, e poucas horas depois, o primeiro-ministro revogou o despacho desautorizando Pedro Nuno Santos.

Para já, o líder da AD não se compromete com uma decisão rápida para o novo aeroporto, apontando para a constituição de um grupo de trabalho para avaliar a localização com base no trabalho da comissão técnica independente, formada precisamente depois do referido despacho.

(Notícia atualizada às 21:50)
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